Padre Geovane Saraiva*
Marta e Maria viviam em Betânia, um povoado próximo de Jerusalém e Jesus costumava ir lá visitá-las. Numa dessas visitas, Maria aproveita para sentar ao lado de Jesus e passa a escutá-lo. Marta muita atarefada com o seu trabalho doméstico, a certa altura começa a reclamar de Jesus, pelo fato de não se sensibilizar com seu trabalho pesado, confrontando-o com Maria. Mais que reclamar, Marta pede que Jesus mande Maria ajudá-la no serviço diário. Mas Jesus lhe responde com firmeza: “Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. Porém, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada” (cf. Lc 10, 38-42).
Jesus nos fala da vida eterna como uma promessa, como um presente do Pai para todas as pessoas que nele acreditam e por ele são capazes de oferecer a própria vida. Ela é um dom, uma graça maravilhosa! Mas que precisa a todo custo ser buscada, ser conquistada. Precisamos ter consciência dos nossos dons e talentos, que Deus nos concedeu, nos confiou.
Deus, na sua bondade sem limites, nos propõe uma norma: “O Senhor retribui a cada um segundo as suas obras” (Mt 16, 27). Ele nos reserva um prêmio, isto é, a coroa da justiça que o Senhor, o justo juiz nos dará naquele dia... (cf. 2Tm 3, 8). Cabe a nós descruzar os braços e procurar fazer a nossa parte. O Apóstolo Paulo nos lembra da importância do trabalho como uma regra de ouro: “Quem não quiser trabalhar também não deve comer” (2Ts 3, 10).
Como viver a nossa fé? Como realizar a nossa missão? É importante olhar para o Evangelho de São Lucas, lá no episódio das duas irmãs de Betânia. Marta, com a vida dura e cheia de afazeres; Maria, com a vida voltada para o silêncio e para a contemplação, merecendo do Mestre uma atenção especial. Maria, segundo a palavra do próprio Jesus, escolheu a melhor parte, que jamais lhe será tirada. Marta fica zangada por causa da ausência da irmã nas atividades da casa, como já deixamos claro.
Para nós que somos batizados e participamos da vida divina, que ao mesmo tempo lutamos, sofremos e nos angustiamos, em meio ao ativismo, nas exigências da vida, é condição sine que non uma consciência bem nítida, do nosso compromisso de vida e ação no mundo, sempre mais transformado em oração. A vida ativa e a vida contemplativa, entrelaçadas, caminhando juntas, de mãos dadas, que beleza, que maravilha!
É o projeto de Deus que se realiza em plenitude. Santo Agostinho, na sua incomensurável sabedoria, nos assegura: “Marta e Maria simbolizam as duas vidas, a presente e a futura”. Marta e Maria simbolizam a diversidade de dons, carismas e talentos, seja na ação, seja na contemplação, escuta e interiorização. Que a realidade misteriosa do projeto de Deus, através dessas duas santas mulheres, esteja diante dos nossos olhos, na nossa mente e no nosso coração. Assim seja!
*Escritor, blogueiro, colunista, vice-presidente da Previdência Sacerdotal e Pároco de Santo Afonso, Parquelândia, Fortaleza-CE – geovanesaraiva@gmail.com
Marta e Maria viviam em Betânia, um povoado próximo de Jerusalém e Jesus costumava ir lá visitá-las. Numa dessas visitas, Maria aproveita para sentar ao lado de Jesus e passa a escutá-lo. Marta muita atarefada com o seu trabalho doméstico, a certa altura começa a reclamar de Jesus, pelo fato de não se sensibilizar com seu trabalho pesado, confrontando-o com Maria. Mais que reclamar, Marta pede que Jesus mande Maria ajudá-la no serviço diário. Mas Jesus lhe responde com firmeza: “Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. Porém, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada” (cf. Lc 10, 38-42).
Jesus nos fala da vida eterna como uma promessa, como um presente do Pai para todas as pessoas que nele acreditam e por ele são capazes de oferecer a própria vida. Ela é um dom, uma graça maravilhosa! Mas que precisa a todo custo ser buscada, ser conquistada. Precisamos ter consciência dos nossos dons e talentos, que Deus nos concedeu, nos confiou.
Deus, na sua bondade sem limites, nos propõe uma norma: “O Senhor retribui a cada um segundo as suas obras” (Mt 16, 27). Ele nos reserva um prêmio, isto é, a coroa da justiça que o Senhor, o justo juiz nos dará naquele dia... (cf. 2Tm 3, 8). Cabe a nós descruzar os braços e procurar fazer a nossa parte. O Apóstolo Paulo nos lembra da importância do trabalho como uma regra de ouro: “Quem não quiser trabalhar também não deve comer” (2Ts 3, 10).
Como viver a nossa fé? Como realizar a nossa missão? É importante olhar para o Evangelho de São Lucas, lá no episódio das duas irmãs de Betânia. Marta, com a vida dura e cheia de afazeres; Maria, com a vida voltada para o silêncio e para a contemplação, merecendo do Mestre uma atenção especial. Maria, segundo a palavra do próprio Jesus, escolheu a melhor parte, que jamais lhe será tirada. Marta fica zangada por causa da ausência da irmã nas atividades da casa, como já deixamos claro.
Para nós que somos batizados e participamos da vida divina, que ao mesmo tempo lutamos, sofremos e nos angustiamos, em meio ao ativismo, nas exigências da vida, é condição sine que non uma consciência bem nítida, do nosso compromisso de vida e ação no mundo, sempre mais transformado em oração. A vida ativa e a vida contemplativa, entrelaçadas, caminhando juntas, de mãos dadas, que beleza, que maravilha!
É o projeto de Deus que se realiza em plenitude. Santo Agostinho, na sua incomensurável sabedoria, nos assegura: “Marta e Maria simbolizam as duas vidas, a presente e a futura”. Marta e Maria simbolizam a diversidade de dons, carismas e talentos, seja na ação, seja na contemplação, escuta e interiorização. Que a realidade misteriosa do projeto de Deus, através dessas duas santas mulheres, esteja diante dos nossos olhos, na nossa mente e no nosso coração. Assim seja!
*Escritor, blogueiro, colunista, vice-presidente da Previdência Sacerdotal e Pároco de Santo Afonso, Parquelândia, Fortaleza-CE – geovanesaraiva@gmail.com
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