segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Bartolomeu I: "Planeta sofre ações visíveis e invisíveis"

Istambul (RV) – A ameaça de destruição do equilíbrio ecológico, os riscos da pesquisa científica sem limites e o espectro de uma guerra sem fronteiras são os tópicos abordados pelo Patriarca Ecumênico Bartolomeu I em uma mensagem para o início do Ano Litúrgico. Este ano, coincidentemente, 1º de setembro é também o Dia da Criação. 

O Patriarca se inspira em João Crisóstomo (“As leis da natureza não podem ser anuladas nem alteradas”) e em São Basílio (“A natureza possui suas leis para que o mundo possa ter frutos em todo tempo”), e cita:

“O planeta sofre intervenções visíveis (desflorestamento, exploração dos recursos hídricos, das fontes de energia e dos recursos naturais, além da poluição); mas também sofre os efeitos de atividades invisíveis aos nossos olhos”. 

Bartolomeu se refere às intervenções de engenharia genética, como a criação de organismos modificados ou de novas formas para liberar a força de um núcleo atômico, cuja potência pode cancelar todo sinal de vida e de civilização de nosso planeta. 

Ressalvando que sua posição não é uma crítica à pesquisa científica, o Patriarca lembra que a avidez e o amor pelo poder não se podem opor à mente do Criador: “O uso de terapias aplicadas na cura de doenças é certamente aceitável, mas não o emprego desconsiderado de produtos biotecnológicos, cujo impacto humano e ambiental ainda não foi suficientemente estudado”. 

“Infelizmente – escreve Bartolomeu I – algumas vezes os seres humanos se esquecem da sabedoria bíblica. É dever dos pastores da Igreja e dos cristãos atuar o bem e principalmente rezar para que o Criador ilumine os cientistas a fim de que trabalhem com humildade e no respeito das leis da natureza, evitando qualquer comercialização dos resultados de suas pesquisas”. 

“Se os homens seguirem as leis e a terra continuar a produzir frutos, será verdade o que consta no Levítico: “Todos terão o que comer em saciedade e o Senhor estabelecerá a paz sobre a terra”, conclui a mensagem do Patriarca Ecumênico. 
(CM)

Rádio Vaticano 

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