domingo, 8 de setembro de 2013

Hugh Laurie volta comportado ao cinema na comédia 'A Filha do meu Melhor Amigo'

Cena do filme "A Filha do Meu Melhor Amigo", estrelado por Hugh Laurie, da série "House".
Por Neusa Barbosa
São Paulo - Protagonizada pelo talentoso ator inglês Hugh Laurie, da bem-sucedida série "House", a comédia "A Filha do Meu Melhor Amigo" promete faíscas a partir de um romance proibido no ambiente familiar e suburbano de New Jersey.
O elenco, que inclui Catherine Keener, Allison Janney, Oliver Platt e Leighton Meester é o melhor patrimônio deste que é o primeiro filme norte-americano do diretor inglês Julian Farino, um veterano de séries de televisão, incluindo alguns episódios de "Sex and the City" e "The Office".
Neste subúrbio confortável, duas famílias, os Wallings e os Ostroffs, são vizinhos e amigos há décadas. David (Hugh Laurie) e Terry (Oliver Platt) saem todos os dias cedo para praticar o seu jogging. Suas mulheres, respectivamente Paige (Catherine Keener) e Cathy (Allison Janney), trocam confidências em torno de assuntos como os filhos e as festas de Natal, que os dois casais invariavelmente passam juntos.
Os filhos de todos, já adultos, estão tomando seu rumo, na universidade ou no trabalho. Vanessa (Alia Shawkat), filha de David e Paige, já terminou seu curso de design, mas voltou para casa, entediando-se num emprego sem futuro numa loja de móveis. Bem mais aventureira, Nina (Leighton Meester), filha de Terry e Cathy, já viajou por muitos lugares, cursa a universidade e está planejando casar com o namorado, Ethan (Sam Rosen).
Uma súbita ruptura com Ethan traz Nina de surpresa de volta para casa num feriado de Ação de Graças, depois de cinco anos de ausência. O que é motivo de alegria para os pais logo se torna oportunidade de escândalo por toda a vizinhança, quando Nina se envolve com David e os dois resolvem assumir às claras a situação.
Com um material explosivo como este romance que todas as convenções e a prudência desaconselham, o roteiro de Ian Helfer e Jay Reiss nunca ousa, nem oferece material consistente para que o versátil elenco mostre tudo o que sabe. Não há uma única cena memorável no desenrolar da história, que parece conformar-se ao mínimo em seus poucos desdobramentos.
A falta de ousadia compromete a própria graça do enredo, que se encaminha para um desfecho que, para piorar, tem um quê moralista. Se o diretor queria fazer um drama, era bom se orientar melhor, porque isso ele também não conseguiu.
Reuters

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