terça-feira, 10 de setembro de 2013

Manifestantes pedem libertação do único jovem que está preso desde o 7 de Setembro

Universitário foi preso durante manifestação que aconteceu em 7 de setembro.
Por Vladimir Platonow
Rio de Janeiro - Uma manifestação pacífica foi feita na noite de ontem (9), em frente ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), pedindo a libertação do estudante universitário Wallace Vieira Santos, que está preso desde o último sábado (7). De um total de 65 pessoas detidas nas manifestações ocorridas no Dia da Independência, ele é o único que não foi liberado.

Estudante bolsista do Programa Universidade para Todos (Prouni), aluno de psicologia na Universidade Veiga de Almeida, Wallace foi acusado pela polícia portar um explosivo. A esposa do estudante, Letícia Monteiro, disse que a família está muito abalada. Ela negou que o marido estivesse em posse de armamento e disse que a única coisa que ele carregava era um sinalizador do tipo usado pelas torcidas em partidas de futebol.

´Eu não durmo desde sábado. Estava viajando, quando me disseram que ele havia sido preso, desesperei-me e vim o mais rápido que pude. Ele está muito abatido, pois é aluno bolsista e se preocupa que isso vá prejudicar os estudos na faculdade´, disse a esposa.

Letícia teme que o marido possa sofrer violência dentro da prisão, pois teria sido misturado com criminosos de alta periculosidade. ´Ele está em Bangu 9, junto com pessoas perigosas. Ele nunca mexeu com arma. Estava só com um sinalizador de fumaça. A prisão é ilegal´, desabafou a esposa.

Também presente ao ato em frente ao TJ, o estudante Vinícius Santos, primo de Wallace, negou que ele pertencesse ao grupo Black Bloc. ´Ele não tem vinculação com os black blocs. É apenas um estudante universitário´, disse Vinícius.

Segundo Santos, a Justiça negou a concessão de habeas corpus para libertar Wallace. A manifestação também pediu a libertação de três outros jovens presos, administradores da página Black Bloc RJ na internet, que foram acusados de formação de quadrilha armada, após operação da Polícia Civil que recolheu os computadores pessoais que usavam.
Agência Brasil

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