terça-feira, 24 de setembro de 2013

Vaticano: Pátio dos Gentios dedica encontro a jornalistas

Cidade do Vaticano – O Vaticano vai promover esta quarta-feira (25) um novo encontro do "Átrio dos Gentios", iniciativa do Conselho Pontifício da Cultura (CPC) para o diálogo com os não crentes, desta feita dedicado aos jornalistas.
O organismo da Santa Sé adianta que a sessão quer "colocar frente a frente personalidades significativas do mundo do jornalismo" e promover a discussão sobre temas como "ética da sociedade e ética da comunicação", "liberdade e responsabilidade na informação” ou “jornalismo, cultura e fé”. O evento vai contar com um debate entre o presidente do Conselho Pontifício da Cultura, cardeal Gianfranco Ravasi, e o fundador do jornal italiano La Repubblica, Eugenio Scalfari, que recentemente trocou correspondência com o papa.
A "carta a quem não crê" de Francisco a Scalfari, publicada a 11 de setembro, responde a questões que o jornalista tinha colocado sobre fé e laicidade, apelando a “um diálogo aberto e sem preconceitos”. “Admitido como dado fundamental que a misericórdia de Deus não tem limites quando alguém se lhe dirige com coração sincero e contrito, para quem não crê em Deus a questão está em obedecer à própria consciência”, escreveu o papa.
O Conselho Pontifício da Cultura apresenta a nova edição do Átrio dos Gentios como uma "etapa significativa” do caminho entre crentes e não crentes, citando a referida missiva de Francisco: “Sinto-me à vontade para escutar as suas perguntas e procurar, juntamente consigo (Eugenio Scalfari), as estradas ao longo das quais possamos, talvez, começar a fazer um pouco de caminho juntos”.
A carta do papa aludia ao "paradoxo" de a fé cristã ter sido muitas vezes "rotulada como a obscuridade da superstição, que se opõe à luz da razão". "E assim se chegou à incomunicabilidade entre a Igreja e a cultura de inspiração cristã, por um lado, e a cultura moderna de traça iluminista, por outro. Chegou o tempo – o próprio Vaticano II inaugurou a estação – de um diálogo aberto e sem preconceitos, que reabra as portas para um encontro sério e fecundo", defendeu Francisco.
SIR

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