sábado, 12 de outubro de 2013

A Gratidão

 RealAudioMP3 Cidade do Vaticano - (RV) -
A primeira leitura, extraída do 2º Livro dos Reis, nos fala do poder do Deus de Israel. O sinal da cura de Naamã cumpre seu objetivo: convertê-lo ao Deus único e verdadeiro. Grato por tudo, o general sírio quer presentear o profeta Eliseu, mas este nada aceita. Foi Deus quem operou o milagre e não ele. O general Naamã tem em seguida uma atitude típica de quem vai a Aparecida ou a outros santuários, ele quer levar uma lembrança, uma recordação de sua cura. Ele escolhe nada mais do que o símbolo do próprio local da cura, de onde encontrou Javé – um pouco da terra de Israel. Ele o leva não como troféu ou simples recordação, mas com o objetivo de orar a Javé sobre aquela terra.

Devemos aprender com Eliseu a não aceitarmos presentes como sinal de gratidão por feitos de que não fomos os autores. Essa atitude promoveu a conversão de Naamã ao Deus único.

No Evangelho temos uma cena parecida. Jesus é procurado por dez leprosos e os cura, mandando- os irem até aos sacerdotes. Contudo, apenas um deles, exatamente o estrangeiro como Naamã, volta para agradecer. Jesus dá grande importância a esse gesto. Agradecer é muito importante para o Senhor. Podemos nos perguntar porque os outros nove não foram agradecer e logo sabemos a resposta. Ele foram cumprir as prescrições legais previstas para os curados. Jesus não é contra isso, mas reage ao ver que o mais importante – mostrar um coração agradecido – não foi feito. Do mesmo modo como vimos no domingo passado, o Senhor não aprova colocar os compromissos legais ou até religiosos antes da caridade. Aí a postergada é a gratidão em favor do ritual legal. 

Os leprosos, dez, número que nos remete à totalidade da Humanidade, são curados quando estão a caminho, em direção aos sacerdotes. Assim é nossa vida. Somos curados das mazelas do dia a dia, de suas vicissitudes, no dia a dia, em nossa caminhada para Deus. E Jesus, como em Emaús, está ao nosso lado, nos esclarecendo e nos dando força. Será importante não nos fixarmos em rituais pré-estabelecidos se temos o Senhor ao nosso lado. Agradeçamos-lhe os dons. 

Todos os homens gritam como os leprosos a Jesus: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!” Todos temos nossas necessidades, nossos limites e todos queremos a salvação, seja física ou espiritual. O Senhor nos ama e quer nos salvar, mas espera nosso pedido. Demonstrando nosso empenho, nossa busca pela vida, chegamos àquele que disse “Sou a ressurreição e a vida!” Após tudo isso é necessário permitir que os sinais de vida fluam de nosso ser e mostrar-se grato é o primeiro.
(CAS)

Rádio Vaticano  

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