Ex-ministro atesta que candidatura vai afundar o partido (Foto: Reprodução/Internet)
A saída do ex-ministro Ciro Gomes do PSB vai se notabilizando como uma das mais traumáticas já vistas. Menos de uma semana após questionar a condução que o governador Eduardo Campos vai dando ao partido, o ex-gestor cearense afirmou que o ex-correligionário está empreendendo uma “aventura pessoal” que vai ser maléfica para a legenda, com o seu projeto presidencial. Ciro defendeu até o último momento a manutenção da sigla na base da presidente Dilma Rousseff (PT).
“Eu acho que ele está em uma aventura pessoal, vai afundar o PSB nisso, mas é problema dele”, bateu Ciro Gomes, acusando o governador Eduardo Campos  de controlar “a burocracia (do partido) como uma capitania hereditária que ele herdou do avô “Miguel Arraes)”.
Na semana passada, em resposta às críticas de Ciro Gomes, o governador Eduardo Campos sapecou que o ex-correligionário não sabia perder e que, por isso, perderia sempre. Uma provocação que, pelo visto, não foi bem digerida.
Além do ex-ministro e o seu  irmão, o governador Cid Gomes (Ceará), cerca de 380 outros socialistas cearenses se desfiliaram do PSB na semana passada. O  grupo está discutindo uma filiação em massa para o recém-criado PROS. Mas haveria a possibilidade de uma migração para o PDT.
Briga Antiga
Os atritos entre o governador Eduardo Campos e o ex-ministro Ciro Gomes não são nenhuma novidade. A pedido do ex-presidente Lula, o gestor pernambucano trabalhou para engavetar o projeto presidencial de Ciro, em 2010, sob o argumento de que as forças políticas de esquerda precisavam estar juntas para eleger a presidente Dilma Rousseff. De lá para cá, a relação entre os dois foi marcada por indiretas e troca de farpas.
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