Grupo de 700 pessoas peregrina de Castanhal até Belém.
Especialista recomenda cuidado com os pés nas procissões.
O professor Nazareno Abraçado caminha sem pressa para percorrer a pé a distância queseparaCastanhal, nordeste do Pará, e Belém. São cerca de 80 km pelas margens da rodovia BR-316, distância de quase duas maratonas – mas, ao contrário do esporte, o percurso não é uma competição: o objetivo é entrar em comunhão com outros peregrinos na estrada. “Vamos caminhando, cantando e rezando. A peregrinação é voltada para a questão religiosa”, explica o professor.
Abraçado coordena o grupo de peregrinos de Castanhal, que há 34 anos sai da igreja de São José e anda até a Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, onde se encerra a procissão do Círio em Belém. Para os outros 700 romeiros que fazem o trajeto todos os anos, a caminhada é mais um teste de fé do que uma prova de resistência. “O objetivo dessa tradição é pagar promessas e pedir bênçãos e graças. O Círio é como se fosse o natal dos paraenses”, destaca.
Os peregrinos levam 24h para terminar a jornada. Ao chegar em Belém, são recebidos na Casa de Plácido, que leva o nome do pescador que teria encontrado a imagem de Nossa Senhora, símbolo da devoção mariana em Belém. O local existe há 6 anos, e é mantido por obras sociais da paróquia de Nazaré.
Marcos Rayol Lopes é quem comanda os voluntários nesta acolhida. Ele diz que, além de Castanhal, a Casa de Plácido chega a receber peregrinos de outras localidades. “As pessoas caminham por dias e chegam bastante debilitadas. Alguns caminham por até 300 km. Por isso fazemos lava-pés e temos equipes de enfermagem e massoterapia. Em 2012 recebemos 15 mil romeiros, este ano esperamos receber ainda mais”, revela.
Os peregrinos levam 24h para terminar a jornada. Ao chegar em Belém, são recebidos na Casa de Plácido, que leva o nome do pescador que teria encontrado a imagem de Nossa Senhora, símbolo da devoção mariana em Belém. O local existe há 6 anos, e é mantido por obras sociais da paróquia de Nazaré.
Marcos Rayol Lopes é quem comanda os voluntários nesta acolhida. Ele diz que, além de Castanhal, a Casa de Plácido chega a receber peregrinos de outras localidades. “As pessoas caminham por dias e chegam bastante debilitadas. Alguns caminham por até 300 km. Por isso fazemos lava-pés e temos equipes de enfermagem e massoterapia. Em 2012 recebemos 15 mil romeiros, este ano esperamos receber ainda mais”, revela.
Segundo Lopes, a procura é grande – a casa pode abrigar até mil romeiros ao mesmo tempo – mas os voluntários trabalham com satisfação. “Eu participo de tudo, e vejo que acolhemos pessoas que vêm buscar algo muito importante. Para nós é gratificante, pois participam das peregrinações pessoas de todas as classes sociais, mas, quando chegam aqui, são todos iguais”.
Cuidados com a saúde
As peregrinações fazem parte da tradição do Círio de Nazaré, que tem 11 romarias oficiais e diversas caminhadas informais, como a peregrinação organizada por Nazareno em Castanhal. Porém, segundo especialistas, os romeiros precisam tomar cuidado com a saúde ao cumprir as promessas. “As longas caminhadas para os pés que não estão adaptados para este tipo de sobrecarga podem, invariavelmente, levar a lesões. As mais comuns são as inflamações da sola do pé, mas podem ocorrer fraturas por estresse, tendinites, bolhas, calos e hematomas nas unhas”, explica Fábio Santana, diretor da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia do Pará.
Segundo Santana, algumas medidas podem minimizar este problema. “Usar calçados adequados, que sejam macios e arejados, usar meias para evitar a formação de bolhas e calos, fazer hidratação da pele antes da atividade e manter as unhas curtas. Após a caminhada, é importante fazer alongamentos, colocar os pés em água com gelo por no máximo 15 minutos e elevar os pés”, recomenda o médico, que diz que os cuidados devem ser redobrados com crianças e idosos. “Os idosos tem ossos mais frágeis, e não recomendamos que crianças façam percursos longos, com mais de 2km”
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As peregrinações fazem parte da tradição do Círio de Nazaré, que tem 11 romarias oficiais e diversas caminhadas informais, como a peregrinação organizada por Nazareno em Castanhal. Porém, segundo especialistas, os romeiros precisam tomar cuidado com a saúde ao cumprir as promessas. “As longas caminhadas para os pés que não estão adaptados para este tipo de sobrecarga podem, invariavelmente, levar a lesões. As mais comuns são as inflamações da sola do pé, mas podem ocorrer fraturas por estresse, tendinites, bolhas, calos e hematomas nas unhas”, explica Fábio Santana, diretor da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia do Pará.
Segundo Santana, algumas medidas podem minimizar este problema. “Usar calçados adequados, que sejam macios e arejados, usar meias para evitar a formação de bolhas e calos, fazer hidratação da pele antes da atividade e manter as unhas curtas. Após a caminhada, é importante fazer alongamentos, colocar os pés em água com gelo por no máximo 15 minutos e elevar os pés”, recomenda o médico, que diz que os cuidados devem ser redobrados com crianças e idosos. “Os idosos tem ossos mais frágeis, e não recomendamos que crianças façam percursos longos, com mais de 2km”
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