São Paulo - "O Domingo das Missões, no Ano da Fé, recorda-nos que a verdadeira obra missionária da Igreja é fruto da Fé: o desejo de anunciar e de partilhar a experiência gratificante da Fé nasce da alegria de crer e da consciência sobre a preciosidade do dom recebido, que não deve ser escondido nem conservado somente para si".
Essas foram as primeiras palavras do arcebispo de São Paulo, cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, em seu novo artigo publicado, sobre o último domingo (20), marcado pelo dia da coleta missionária, em meio ao Dia Mundial das Missões. De acordo com Dom Odilo, na linguagem mostrada pela Conferência de Aparecida, significa que, para sermos missionários, é preciso, antes de tudo, sermos discípulos.
O cardeal lembrou que, recentemente, durante a audiência concedida aos membros do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, o papa Francisco resumiu em três pontos as necessidades principais da Nova Evangelização: o primado do testemunho, a urgência de ir ao encontro dos outros e um projeto pastoral centrado no essencial.
"O anúncio do Evangelho é confrontado hoje, muitas vezes, com a indiferença de quem já não lhe dá importância e não tem interesse em ouvi-lo. Como despertar nos corações um renovado interesse pela mensagem da salvação?", indagou.
O arcebispo explicou que "é muito importante que os cristãos mostrem a sua Fé através de convicções firmes, da vida coerente com ela, da alegria e da serenidade que ela traz", revelando que "a Fé muda a pessoa para melhor e a torna humanamente rica de virtudes".
"A Fé não livra magicamente de todos os problemas, mas oferece vigor e compreensão nova para as várias situações da vida, mesmo dos sofrimentos. A Fé traz consigo a esperança revigorante e a caridade operosa. Hoje, como no passado, esses testemunhos fidedignos da Fé são muito necessários para atrair para Jesus Cristo e para a beleza do encontro com Deus!", exortou.
A Nova Evangelização também foi destacada por Dom Odilo em seu artigo. Segundo o prelado, ela é a renovada busca do encontro com quem perdeu a Fé e o sentido profundo da vida. "Cada cristão, fiel a Cristo, também tem a vocação de ir ao encontro dos outros, de dialogar com quem pensa diversamente de nós, ou que perdeu a Fé".
Para o cardeal, ninguém está excluído da esperança, da vida e do amor de Deus, pois "a Igreja é enviada ao mundo para levar a todos essa esperança, especialmente a quem está sufocado por condições de vida adversas e, por vezes, desumanas", devido a falta do "oxigênio do Evangelho", o "sopro do Espírito de Cristo ressuscitado, que reacende a Fé e a esperança nos corações".
SIR
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