Cidade do Vaticano (RV) – Para superar a mera assistência, indispensável em casos de emergência, é preciso considerar o fenômeno migratório em sua globalidade, as causas, os efeitos, as consequências e estudar as corretas modalidades para ajudar as pessoas migrantes. Um fenômeno que começa a interessar seriamente também os países da África do Norte que se tornaram “de imagração e não só de migração e de passagem”. É necessário, portanto, “sensibilizar a opinião pública sobre estes temas demasiadas vezes ignorados ou abordados pelos meios de comunicação só no caso dos dramas terríveis como o de Lampedusa”.
A observação – que está contida no comunicado final da assembleia da Conferência episcopal regional do Norte da África, que se realiou em Roma entre os dias 6 e 9 de outubro – teve eco com os bispos da Sicília, que estiveram reunidos nos dias passados na cidade de Siracusa para sua assembleia de outono, confirmando assim que o tema da imigração forçada da África e do Oriente Médio (que se identifica muitas vezes com a dos refugiados e daqueles que pedem asilo), está cada vez mais no centro das preocupações pastorais.
“Estes mortos e os milhares que perderam a vida no mar ao longo dos últimos anos – escreveram os bispos da Igreja da Sicília – pedem verdade, justiça e solidariedade. Chegou a hora de abandonar a hipocrisia de quem continua a pensar que o fenômeno migratório seja uma emergência que se espera seja de breve duração”. (SP)
Rádio Vaticano
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