quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Não mexa no meu queijo! - Vera Regina Cristofani

O destino fatídico de vacas leiteiras.



Muitas vacas se debatem, esperneiam e claramente respiram depois de terem sido baleadas na cabeça (Foto: Reprodução)

Vários lactovegetarianos pararam de comer animais não humanos por causa do sofrimento, violência e morte envolvidos na indústria da carne. No entanto, o que muitos não sabem é que extremo sofrimento, dor e morte também permeiam a indústria do leite. Um exemplo é um vídeo que veio à tona e mostra o que acontece num matadouro nos Estados Unidos. A maioria dos animais mortos nesse local são vacas leiteiras consideradas “gastas” e, portanto, sem valor econômico para a indústria de laticínios. Muitas delas estão doentes ou machucadas.

De acordo com as investigações, as vacas doentes são repetidamente golpeadas e recebem choque elétrico, enquanto trabalhadores tentam forçá-las a ficar de pé e andar, puxando-as ou levantando-as por suas caudas. Outras vacas, que não conseguem caminhar para o matadouro, apesar de receberem tiros na cabeça, continuam se debatendo enquanto trabalhadores se afastam.  

Algumas, após serem baleadas e continuarem vivas, morrem por sufocamento quando trabalhadores impedem que respirem ao pisar em suas bocas e narinas. Inúmeros golpes, choque elétrico e água quente são usados contra os animais antes que cheguem ao local do abate. Mais de 40 choques elétricos foram aplicados em uma delas. 

O vídeo ainda mostra mais atordoamento indevido dos animais antes do abate. Muitas vacas se debatem, esperneiam e claramente respiram depois de terem sido baleadas na cabeça. Mesmo assim, esses animais são deslocados pelo processo de abate para uma correia transportadora e, em seguida, içados de cabeça para baixo por uma das pernas.

Como bem sabemos, esse não é um fato isolado e acontece a cada segundo. É impossível achar que animais possam virar produtos sem que experienciem dor, sofrimento, abuso, tortura, crueldade, exploração e morte excruciáveis. Não há como usar animais como recursos, escravos, mercadorias sem que sejam seriamente prejudicados. 

Se nos importamos com a vida desses outros animais, a única maneira de tornar coerente o que dizemos é através adoção do veganismo. Reflita, abra o seu coração e dê um passo para fora desse ciclo de violência infindável. Você pode!

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=ZRS-kzgoRq0

É jornalista, editora do site veganospelaabolicao.org e coordenadora do Grupo de Estudos da Teoria de Direitos Animais Abolicionista de Gary Francione (GEFRAN).

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