Dois grupos que faziam protesto se juntaram na região central de SP.
Alguns manifestantes jogaram morteiros contra polícia, que reagiu.
Manifestantes e policiais militares entraram em confronto na noite desta segunda-feira (7) na Praça da República, no Centro da capital paulista. A PM usou bombas de gás lacrimogêneo e gás de pimenta para dispersar um grupo que lançou morteiros contra os policiais em frente à sede da Secretaria de Estado da Educação. O balanço parcial da Polícia Militar apontava, à 1h50, que 10 pessoas foram detidas e 5 policiais ficaram feridos. Já no 2º Distrito Policial, que fica no Bom Retiro, a polícia civil disse que oito pessoas foram detidas e liberadas. As acusações não foram divulgadas.
Dois grupos que protestavam pela cidade se juntaram na Praça da República. Um deles era formado por estudantes da Universidade de São Paulo (USP), que iniciaram o ato na região da Avenida Paulista. A manifestação foi realizada em apoio aos estudantes que invadiram a reitoria da USP na semana passada e aos professores em greve no Rio de Janeiro. Os outros manifestantes se concentraram em frente ao Teatro Municipal, no Centro, em protesto por melhores salários para os professores do ensino público.
Depois do confronto na Praça da República, duas agências bancárias e uma lanchonete foram depredadas na Avenida Ipiranga. Na mesma via, manifestantes colocaram fogo em sacos de lixo para bloquear a passagem.
Um carro da polícia foi virado na Avenida Rio Branco. Os manifestantes se dispersaram pela região central de São Paulo por volta das 20h40, mas o policiamento seguiu reforçado no entorno da Praça da República. Outras quatro agências, sendo duas do Santander, uma do Itaú e outra da Caixa Econômica Federal, foram depredadas na Avenida Duque de Caixas. Outras duas agências também foram de vandalismo na Avenida Consolação.
Durante o tumulto, as portas de algumas estações de Metrô no Centro foram fechadas. O Metrô diz que houve uma contenção de fluxo, com seguranças nos acessos, para evitar que a manifestação invadisse a estação e garantir a integridade física dos usuários. A operação não foi afetada, segundo a companhia.
Uma mulher ferida recebeu atendimento médico e foi levada ao hospital em uma ambulância por volta das 21h10. Ela tinha sangue na cabeça e na mão esquerda. A mulher não quis falar sobre o tumulto. A PM informou que, entre os sete feridos, quatro são policiais. O estado de saúde deles e os hospitais onde receberam atendimento não haviam sido divulgados até as 22h15. Os 11 detidos foram levados para o 2º Distrito Policial, no Bom Retiro.
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Avenida Paulista
Os estudantes da USP fecharam a pista sentido Consolação da Avenida Paulista, na altura do Museu de Arte de São Paulo (Masp), por volta das 18h20. Depois, o grupo desceu a Consolação, no sentido Centro, e percorreu a Rua Amaral Gurgel. Os estudantes caminharam até a Praça da República, onde fica a sede da Secretaria de Estado da Educação, onde permaneceram até o confronto.
Os estudantes da USP fecharam a pista sentido Consolação da Avenida Paulista, na altura do Museu de Arte de São Paulo (Masp), por volta das 18h20. Depois, o grupo desceu a Consolação, no sentido Centro, e percorreu a Rua Amaral Gurgel. Os estudantes caminharam até a Praça da República, onde fica a sede da Secretaria de Estado da Educação, onde permaneceram até o confronto.
A reitoria da USP foi ocupada na terça-feira (1º) em protesto por eleições diretas para reitor. A direção da instituição cortou energia elétrica e o acesso à internet do prédio no final da tarde de sexta-feira (4). Na última quarta, a USP entrou com pedido de reintegração de posse e a Justiça decidiu por uma audiência de conciliação, marcada para esta terça-feira (8).
Na tarde desta segunda-feira, estudantes da Unicamp decidiram manter a ocupação na reitoria da universidade, onde permanecem há quatro dias em protesto contra a presença da Polícia Militar nos campi de Campinas (SP), Piracicaba e Limeira.
Na tarde desta segunda-feira, estudantes da Unicamp decidiram manter a ocupação na reitoria da universidade, onde permanecem há quatro dias em protesto contra a presença da Polícia Militar nos campi de Campinas (SP), Piracicaba e Limeira.
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