Rosângela Maciel chegou com sobrinha neste domingo a São Petersburgo.
Ana Paula ficou presa por dois meses no país por protesto ambiental.
Rosângela Maciel, mãe da ativista do Greenpeace Ana Paula Maciel, e a sobrinha dela, Alessandra, de 18 anos, se encontraram com no aeroporto de São Petersburgo, na Rússia, neste domingo (24). Ana Paula ficou presa na Rússia por dois meses, após protestar contra a exploração de petróleo no Ártico.
O Fantástico deste domingo mostrou imagens do reencontro (clique ao lado para assistir). Segundo o Greenpeace, os familiares de Ana Paula embarcaram às 18h15 de sábado em uma aeronave da Lufthansa e fizeram uma escala em Munique, na Alemanha, antes de chegar ao destino. Ana Paula foi solta na quarta-feira (20). O encontro desde domingo foi o primeiro de Ana Paula com familiares desde que foi detida na Rússia.
A partida das familiares foi acompanhada pelo pai de Ana Paula, Jaires Maciel, e a irmã, Telma. “No nosso último contato, ela comentou que está extremamente orgulhosa de ser brasileira. O suporte do Itamaraty foi fantástico”, comentou Jaires.
A irmã ressaltou que, mesmo com o risco que Ana Paula ainda sofre na Justiça russa, a presença dela na Rússia está sendo vitoriosa. "Foi uma vitória das manifestações pacíficas. O Greenpeace conseguiu a repercussão que queria", afirmou Telma. A ONG prestou auxílio no deslocamentos dos familiares de Ana Paula.
Acusações de vandalismo e pirataria
Em entrevista ao G1, Ana Paula Maciel disse ter vivido o período mais difícil da sua vida enquanto esteve presa e afirmou ter ficado surpresa ao saber que seria libertada da prisão, após pagamento de fiança. Ela e outros 29 integrantes da organização ambiental foram detidos por autoridades russas em setembro após realizarem uma manifestação na plataforma de petróleo da companhia Gazprom, no Mar do Norte, região do Círculo Polar Ártico.
Em entrevista ao G1, Ana Paula Maciel disse ter vivido o período mais difícil da sua vida enquanto esteve presa e afirmou ter ficado surpresa ao saber que seria libertada da prisão, após pagamento de fiança. Ela e outros 29 integrantes da organização ambiental foram detidos por autoridades russas em setembro após realizarem uma manifestação na plataforma de petróleo da companhia Gazprom, no Mar do Norte, região do Círculo Polar Ártico.
Com o passaporte em mãos, mas sem previsão de retornar ao Brasil, já que ainda aguarda o julgamento no país, Ana Paula contou que ficava 23 horas por dia dentro da cela em Murmansk, primeira cidade em que esteve detida, onde assistia a televisão, rezava e lia. Dividiu o ambiente com presidiárias russas e, apesar de tudo, afirmou estar tranquila, ansiosa para ver a família e agradecida pelo apoio do governo brasileiro.
Segundo Ana Paula, o tempo de reclusão valeu a pena porque “fez chegar às pessoas do mundo inteiro a mensagem de que é necessário fazer algo para salvar o Ártico.”
Ela sabe que a possibilidade de voltar à cadeia existe, caso seja condenada pelos crimes de vandalismo e pirataria, acusações feitas pela Rússia -- o governo divulgou que a acusação de pirataria seria retirada, mas o Greenpeace diz que a denúncia ainda permanece.
“Se a Justiça russa for mesmo justa, eu não tenho que ter medo de ser condenada por algo que não fiz. Embora trabalhe com essa possibilidade, não acredito que isso aconteça”, concluiu Ana Paula.
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