Marcin Korolec presidiu a conferência do clima de Varsóvia.
Varsóvia - Um acordo de princípios foi alcançado nesse sábado (23) sobre as bases da conferência de 2015, em Paris, uma das questões mais disputadas da conferência do clima de Varsóvia.
O texto ainda precisa ser formalmente aprovado para ser considerado parte do "Acordo de Varsóvia", que deve incluir um capítulo especial sobre a assistência financeira aos países mais vulneráveis às mudanças climáticas.
A comunidade internacional se comprometeu a firmar em Paris um acordo de redução dos gases causadores do efeito estufa, que entrará em vigor em 2020. Esse acordo envolverá todos os países, será legalmente vinculante e limitará o aquecimento do planeta a 2°C em relação ao período pré-industrial. Hoje, a alta da temperatura se situa em uma trajetória de quase 4ºC.
Alcançado durante sessão plenária, o compromisso foi formulado após mais de uma hora de discussões informais e em um canto da sala, entre os chefes das delegações, quando um impasse sobre esta questão ameaçava inviabilizar a conferência.
O texto propõe que os Estados preparem "contribuições" sobre o que pretendem fazer para lutar contra as mudanças climáticas. Essas contribuições serão incluídas no acordo a ser firmado em 2015, em Paris, sobre as reduções das emissões de gases causadores do efeito estufa.
Esta formulação é menos rigorosa do que o texto apresentado anteriormente, rejeitado por grandes países emergentes, como China e Índia, e que incluía "compromissos".
A sessão plenária do fechamento da conferência, iniciada em 11 de novembro, também aprovou o texto sobre a ajuda dos países do Norte ao Sul, outro tema muito polêmico. Não foi aprovado, porém, o texto sobre a criação de um mecanismo para as "perdas e danos" sofridas pelos países do Sul devido ao aquecimento global.
"Não há consenso sobre esse texto", afirmou o delegado egípcio em nome do G-77 (formado por países em desenvolvimento) e da China, pedindo "mais tempo" para negociar.
O presidente da conferência, o ministro polonês do Meio Ambiente, Marcin Korolec, deu cerca de "15 minutos" para que se chegasse a um acordo sobre esse ponto, no fim da sessão plenária.
AFP
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