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Depois das polêmicas envolvendo o polonês Josef Wesolowski, ex-núncio da República Dominicana, investigado pela polícia civil do país por denúncias feitas pela justiça civil e pela eclesiástica por supostos abusos sexuais contra menores, o Papa Francisco enviou uma carta ao povo dominicano lamentando as "torpezas” cometidas pelo sacerdote.
Na carta, Jorge Mario Bergoglio, além de lamentar o ocorrido, afirma seu compromisso com a proteção das vítimas: "Tenho bem presente nas minhas orações o amado povo de Deus que peregrina na República Dominicana, especialmente aqueles que sofrem por causa dos pecados dos homens e mulheres da Igreja. E, ao mesmo tempo, quero reiterar o compromisso, claro e corajoso, para que as vítimas dessas torpezas sejam sempre defendidas e tuteladas, de modo que a justiça seja atendida em todos os seus aspectos”.
As palavras de Bergoglio tentam acalmar os ânimos após as polêmicas sobre pedofilia, que não envolvem apenas o ex-núncio. Outros clérigos receberam acusações graves, como é o caso do também polonês, Wokcietch Waldemar Gil, conhecido como Alberto Gil, acusado por ter cometido abusos contra pelo menos sete menores na cidade de Santiago. Além desse, também há o caso do Padre ‘Johnny’, como era chamado Juan Manuel Mota de Jesús, denunciado por ter estuprado mulheres menores de idade, na cidade de Constanza.
Contudo, o caso mais grave é o de Josef Wesolowski, devido à sua posição de diplomata papal. Por causa desse fato, o Papa Francisco explicou em sua carta que a missão do próximo núncio é a de "estreitar os vínculos que unem a Sé de Pedro com esse país, alentando os filhos dessas belas terras a percorrerem o caminho da vida com o olhar posto em Deus e a mão estendida aos irmãos (...). A Igreja não quer privilégios, não tem interesses políticos, não busca alianças estratégicas. Quer servir, servir a todos, e por isso trabalha pelo bem comum, pela paz, pelo progresso, pela liberdade, pela justiça, pela solidariedade e pelo desenvolvimento integral dos dominicanos”, declarou.
O Papa não respondeu à demanda dos movimentos dominicanos pela extradição do ex-núncio acusado de pedofilia.
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