Rachel Lemos Abdalla
Rachel Lemos Abdalla
Todo final de ano, neste tempo de festas, acontece um rito de passagem muito importante para todas as pessoas. Ele proporciona um momento de revisão do ano que passou e renovação dos sonhos e dos desejos para um novo tempo que se inicia.
E, para iniciarmos o novo ciclo, temos o Papa Francisco como exemplo de nova evangelização no mundo pela sua prática de vida, ensinando, assim, muitas lições para nós. Dentre elas, a mais marcante é o seu exemplo de humildade expresso de várias formas no seu dia a dia. Ele se aproxima de todos sem medo, sem relutância, sem preconceitos. Beija e abraça aqueles que dele se aproximam para pedir a bênção. Fala uma linguagem simples e passa uma mensagem clara que toca o coração e a vida, sem fazer distinção de crenças ou de fé. E demonstra amor pelos pequeninos, os preferidos de Cristo, os pobres e os excluídos, os marginalizados e os doentes. Essa é a sua bandeira!
Que ele seja o nosso exemplo de renovação de mentalidade e aplicação da catequese na vida. Que os catequistas, a cada dia mais, atualizem a fórmula de como tocar o coração dos catequizandos sendo presença viva do Cristo no mundo, atualizando seus ânimos e seus métodos, estudando mais e planejando os encontros de catequese, para que sejam fiéis ao chamado de discípulos missionários responsáveis, sal da terra e luz do mundo na prática da evangelização.
Não podemos nos deixar envolver por nossos preconceitos, lembrando que Jesus acolheu a todos, sem distinção. Para isso, basta imaginar como ele acolheria hoje todas as pessoas com suas escolhas e opções de vida.
O Catecismo da Igreja nos ensina que devemos acolher o próximo sem que haja preconceito pela sua real condição, ‘com respeito, compaixão e delicadeza…evitando todo sinal de discriminação injusta1’, lembrando que Cristo se faz presente em todos aqueles que têm fome e sede de amor e de justiça.
Será que estamos preparados para os novos desafios da evangelização? Temos quebrado nossos paradigmas e preconceitos para receber de braços e coração abertos os excluídos e marginalizados da sociedade? Como estamos sendo Igreja no nosso meio, na sociedade e no mundo? Qual é o rosto que estamos dando para a catequese que deve se renovar constantemente?
Novo ano se inicia e assim também precisamos estar iniciando um processo de abertura de consciência e respeito para como nosso próximo, assim como pede o Papa Francisco: “…nós todos somos filhos do único Pai, fazemos parte da família humana e partilhamos o mesmo destino. Disso deriva a responsabilidade de cada um de atuar, para que o mundo se torne uma verdadeira comunidade de irmãos, que se respeitam e aceitam as diversidades e cuidam uns dos outros… Todos nós devemos construir uma sociedade mais justa e solidária”2.
Feliz 2014 renovando nossa vida e nosso modo de evangelizar!