Segundo Sandro Magister, vaticanista italiano, as dioceses italianas que por tradição têm "direito" à púrpura, com este papa podem "tirar o cavalinho da chuva". No seu primeiro consistório, Francisco não fez nenhum deles cardeal: nem Cesarei Nosiglia, arcebispo de Turim, nem Francesco Moraglia, patriarca de Veneza.
No entanto receberá o chapéu cardinalício Gualtiero Bassetti,arcebispo de de uma diocese não cardinalícia como Perugia, que Francisco já premiou promovendo-o a membro da Congregação para os Bispos no lugar do cardeal Angelo Bagnasco, o qual também como presidente da Conferência Episcopal Italiana poderá substituído pelo msmo Bassetti, pupilo do papa.
Na Cúria e na Itália as nomeações respeitaram as previsões, inclusive a não promoção do bibliotecário da Santa Romana Chiesa, o dominicano francês Jean-Louis Bruguès, "culpado" de ter contrastado, quando era secretário da Congregação para a Educação Católica, o então cardeal Bergoglio quanto à nomeação do reitor da Universidade Católica de Buenos Aires, Victor Manuel Fernández, fidelíssimo do atual papa e seu ghostwriter.
Também o não nomeação de nenhum cardeal dos EUA está na lógica das coisas já que contam com onze membros. Menos evidente é a não inclusão de nenhum nome do Oriente Médio, da Europa oriental e do Japão.
Mas a exclusão mais importante é a do arcebispo de Malines-Bruxelas, o conservador André-Joseph Léonard, e, nas Filipinas, da maior diocese do país, Cebu, e presidente da Conferência Episcopal, José S. Palma. No entanto, o papa optou pelo oblato de Maria, bispo de uma diocese filipina de menos importância que nunca foi "cardinalícia".
Também no Haiti, o neocardeal pertence à uma diocese pequena e pobre, e não às duas arquidioceses metropolitanas de Port-au-Prince e Cap-Haitien.
Settimo Cielo, 12-01-2014.
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