François Hollande levou preocupações com a situação internacional para primeiro encontro com Francisco
Lisboa, 23 jan 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco recebeu hojer no Vaticano o presidente da França, François Hollande, para um encontro privado que durou cerca de 35 minutos.
Hollande disse ao Papa estar "muito feliz" ao ser recebido por este, ainda na presença de jornalistas, seguindo-se a reunião particular, na qual marca presença um intérprete.
No final do encontro, Francisco desejou "boa viagem" ao presidente francês, que se despediu com um "até breve".
Entre os membros da delegação gaulesa que foram cumprimentados pelo Papa estava o padre Georges Vandenbeusch, que foi libertado a 31 de dezembro após um sequestro de mais de 40 dias às mãos do grupo islamita nigeriano Boko Haram.
Francisco tratou o sacerdote por "meu irmão" e este mostrou-se "muito contente" por se encontrar com o Papa.
François Hollande vai ainda reunir-se com o secretário de Estado da Santa Sé, D. Pietro Parolin, nesta sua primeira visita ao Vaticano.
“A França e a Santa Sé partilham uma visão comum sobre numerosas questões”, destaca uma nota de imprensa da Presidência da República Francesa, dando como exemplo as posições sobre a República Centro-Africana, o Médio Oriente, a Síria ou a situação dos cristãos na Terra Santa.
Desde 1958, todos os chefes de Estado gauleses, à exceção de Georges Pompidou, visitaram o Vaticano.
A audiência do Papa Francisco a Hollande aconteceu num momento em que os católicos franceses contestam as políticas do presidente a respeito do fim da vida, do aborto, da imigração e do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Segundo a Presidência da República Francesa, esta viagem “inscreve-se na tradição republicana” que levou os chefes de Estado ao Vaticano “nos primeiros anos do seu mandato”.
O comunicado do Eliseu destaca a atenção que o Papa tem dedicado a temas em que François Hollande está “muito comprometido”, como “a situação dos migrantes”, “a luta contra a pobreza e a grandes doenças”, a “globalização e a regulação económica” ou “a luta contra o tráfico de seres humanos”.
“Este encontro vai permitir que se reafirme o empenho nas relações regulares e de confiança que existe entre o poder público e a Igreja Católica”, conclui a nota oficial.
Uma bomba artesanal explodiu esta madrugada nas proximidades de uma igreja francesa em Roma, poucas horas antes do início da visita.
OC
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