Um batalhão de mulheres desfilou a moda do estilista mais consagrado do mundo.
Por Marco Lacerda*
Mais uma vez o estilista italiano Giorgio Armani coloca um arrastão de mulheres na passarela. E para a coleção verão 2014 apresentada em Milão, ele apostou na transparência, num ousado mix de estampas, incluindo lenços amarrados meio anos 90 em seda, e no brilho forte, tendência do momento junto com a sensualidade. Tudo com um toque elegante de androginia.
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Mas a grande virada dessa vez foi que o desfile tinha um monte de roupas para o dia-a-dia da mulher sofisticada, que trabalha e não abre mão de um bom blazer mais sequinho, de uma bermuda que pode ir para o ambiente de trabalho e,claro, de um sensacional e reversível vestido que a salvará em qualquer momento do dia ou da noite.
Está aí, mais uma vez, a prova do sucesso do estilista italiano que continua imprimindo na marca Empório Armani sua elegância discreta atrelada a materiais sofisticados: tons frios, como o azul e o cinza, e flores e folhas entram em estampas esmaecidas. Destaque para a calça cropped de boca bem larga. Chique!
No desfile, muito cetim e tecidos leves foram usados nas peças, que apareceram em tons lavados e diversas variações de azul e verde, além do preto. O toque boyish ficou por conta dos sapatos oxford e alguns blazers ajustados. Calças e conjuntinhos estilo pijama também fizeram parte do desfile. Estampas abstratas lembravam mares e galáxias, inspirações recorrentes nas criações Armani.
A grife procurou para as estações quentes do próximo ano uma mulher muito feminina, doce, nada agressiva, e com linhas assépticas, neutras, com muito movimento em suas roupas, seja nos vestidos ou nas calças de boca de sino.
O pastel, sobretudo em tons azulados, embora haja alguns verdes, serve para esfumar os estampas florais, que se alternam com roupas com plissados em um efeito de cores que são o toque mais chamativo da coleção.
A mulher que o estilista italiano projetou para a próxima primavera-verão não poupa nos acessórios: as bolsas de mão são os preferidos, mas também não faltam cintos largos, de corte futurista e meias grossas que também caem no defumado das cores.
*Marco Lacerda é jornalista, escritor e editor-especial do Domtotal. Com noticiário das agências internacionais.
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