Evento marcou o início da união do Programa Cidadania Ativa ao Programa Nacional de Direitos Humanos
Implantado na Universidade há dez anos, o Cidadania Ativa busca engajar alunos, principalmente do curso de Direito, na visão crítica dos Direitos Humanos. "O Direito não é feito apenas de teorias, é importante inserir o aluno no contexto social para que ele possa entender melhor a formatação das leis", detalha o diretor do Centro de Ciências Jurídicas da Unifor, professor Sidney Guerra.
O programa trabalha com aproximadamente 360 alunos em projetos de intervenção nas comunidades vulneráveis, como populações carcerárias e moradores de rua. As atividades duram seis meses e contemplam elaboração de cartilhas, palestras e produção de programas de rádio para as comunidades.
A novidade é a vinculação das atividades ao PNDH. "Percebemos que o nosso programa já estava fazendo aquilo que o PNDH propõe, então, entramos em contato com a Secretaria Nacional de Direitos Humanos e talvez ainda neste semestre possamos fazer a vinculação oficial", adianta a professora Sandra Helena Souza, do PCA.
A parceria com o programa nacional, segundo Sandra Helena, traria suportes institucionais às atividades, como ajuda em translados, cursos e a comunicação com outras universidades.
"O Cidadania Ativa tem dois direcionamentos: um interno, na perspectiva de capacitar o aluno, e outro externo, que leva o estudante a olhar para quem está na rua, conhecer a realidade com que ele vai trabalhar", diz a professora Amélia Rocha, voluntária do PCA. Para a aula inaugural das ações do programa em 2014, a presença dos escritores Claudia Lage e João Ximenes, segundo Amélia, dinamiza a relação dos estudantes com a área de Direitos Humanos.
Exibida às 18h entre 2012 e 2013, a novela Lado a Lado narrou a história de duas jovens, interpretadas por Camila Pitanga e Marjorie Estiano, que lutam por amor e liberdade em meio às transformações sociais do Rio de Janeiro no início do século XX. Foram abordados temas como racismo, igualdade de gênero, emancipação feminina e o processo de formação das favelas.
Preocupação
"Estamos em um momento gravíssimo de crise, no Brasil, quando o assunto são os Direitos Humanos. No Rio de Janeiro, estamos passando por uma fase de apologia ao linchamento, portanto, receber um convite para expôr a nossa preocupação para estudantes de Direito é muito importante", define João Ximenes, um dos autores da novela.
A preocupação com temas delicados é reforçada pela escritora Claudia Lage. "Depois que a novela acabou, muita coisa estourou, e preocupações que a gente achava que tinham sumido, como a violência contra a mulher, voltaram com tudo", reflete a autora.
Diário do Nordeste
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