Ramona Matos quer ficar no país e desde terça está em gabinete do DEM.
Deputados do partido vão ao governo pedir refúgio para a médica.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta quarta-feira (5) que a médica cubana que está abrigada no gabinete da liderança do DEM na Câmara dos Deputados poderá perder o visto de permanência no país e a licença para atuar como médica no Brasil caso abandone o programa Mais Médicos.
A médica Ramona Matos Rodriguez, que veio ao Brasil para participar do programa do governo federal, deixou cidade de Parajá (PA), onde atuava, e veio para Brasília no último sábado. Ela decidiu pedir auxílio do DEM para ter asilo político no Brasil depois de descobrir que os demais profissionais estrangeiros recebem R$ 10 mil pelo Mais Médicos. Segundo Ramona, os cubanos recebem US$ 400 (cerca de R$ 965).
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O ministro Cardozo afirmou, após reunião com representantes do DEM, que a médica ainda está em situação completamente regular no país, graças à participação dela no programa. “Os médicos cubanos hoje no Brasil pelo Mais Médicos tem seu visto de permanência e licença para exercer medicina vinculado a esse programa. Se alguém deixa o programa, obviamente perde essa licença e também perde seu visto de permanência”, disse Cardozo.
Refúgio
A liderança do DEM na Câmara se reuniu com Cardozo no início da tarde para solicitar que o governo brasileiro conceda refúgio à médica. Inicialmente, a intenção era solicitar asilo político, que depende de aval da Presidência da República e não altera a situação de possível irregularidade do solicitante no país até que a concessão seja definida.
Com o pedido de refúgio, a permanência do estrangeiro no país torna-se temporariamente regular até que o Comitê Nacional para os Refugiado (Conare) – órgão vinculado ao Ministério da Justiça - julgue a concessão definitiva do refúgio. O DEM informou que o pedido deve ser protocolado ainda nesta tarde. O Ministério da Justiça não tem previsão de quando a solicitação pode ser julgada pelo Conare.
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