“Pedi ao Santo Padre que me dispensasse da presença em Roma, as minhas forças diminuíram muito e me sinto em dificuldade para encontrar muitas pessoas”, explicou Dom Capovilla ao Portal Vatican Insider.
O prelado há algum tempo não sai mais de casa. Todavia, já havia encomendado a veste vermelha – preparada pelas freiras que cuidam dele – e inicialmente considerou a possibilidade de participar da cerimônia no Vaticano. Mas, por fim, preferiu pedir a dispensa ao Papa Francisco.
Neste caso, Dom Capovilla receberá o barrete cardinalício alguns dias depois em “Sotto il Monte”, na igreja consagrada pelo Papa Roncalli, de quem foi secretário particular. O barrete será levado por um enviado do Papa.
A ausência do Arcebispo não será inédita. Recentemente, outros cardeais, por motivo de idade ou de doença, foram dispensados da presença no Consistório. O Cardeal Alberto Bovone, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, em 1998 recebeu o barrete das mãos do Secretário de Estado, Card. Angelo Sodano, no Hospital Gemelli, onde estava internado e veio a falecer poucas semanas depois.
As motivações, todavia, não são somente por idade ou saúde. O próprio Angelo Roncalli, futuro Papa João XXIII, foi criado Cardeal por Pio XII enquanto era Núncio Apostólico em Paris em dezembro de 1953. Naquela ocasião, recebeu o barrete – devido a um costume antigo e agora não mais em vigor – das mãos do Presidente da República francesa Vincent Auriol. Este também era o costume para o Núncio Apostólico na Espanha.
(BF)
Rádio Vaticano
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