segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

MPT aguarda relatório policial de operário morto na Arena Amazônia

O MPT-AM (Ministério Público do Trabalho no Amazonas) aguarda o relatório da Polícia Civil para definir quais medidas judiciais serão tomadas no acidente que matou um trabalhador na Arena da Amazônia, uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. Na manhã desta sexta-feira (7), um acidente envolvendo um guindaste atingiu o operário terceirizado Antônio José Pita Martins, de 55 anos. Em 2013, outros dois trabalhadores também morreram em acidentes na obra.

O caso está sendo acompanhado pelo procurador do Trabalho Jorsinei Dourado do Nascimento. De acordo com ele, a cena onde ocorreu o acidente pode ter sido alterada. A informação, no entanto, só poderá ser confirmada após a divulgação dos resultados da perícia, realizada pela delegada Catarina Saldanha Torres, da Deops (Delegacia Especializada em Ordem Pública e Social) da Polícia Civil amazonense.

O MPT não exclui a suposta culpa da construtora responsável pela obra no acidente, apesar de o trabalhador ser empregado de outra empresa, que venceu a licitação para montar apenas os arcos metálicos da cobertura do estádio. De acordo com os procuradores do Trabalho, como concessionária titular da construção, a empresa tem dever legal de assegurar o cumprimento das normas de proteção e segurança no canteiro de obras. 

Esta é a terceira morte registrada em canteiros de obras para a Copa do Mundo na Amazônia. No ano de 2013, outros dois operaram morreram nas construções. Marcleudo de Melo Ferreira, de 22 anos, caiu de uma altura de 35 metros, quando um cabo se rompeu. O outro trabalhador, José Antônio da Silva Nascimento, de 49 anos, sofreu um infarto no Centro de Convenções do Amazonas, que está sendo construído ao lado do estádio.

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