sábado, 1 de fevereiro de 2014

Nova York declara guerra aos cisnes


Casal de cisnes-brancos nadam nas águas perto da City Island, em Nova York.
Nova York - Na Grã-Bretanha, os cisnes são premiados pela beleza e protegidos pela rainha, mas o estado americano de Nova York declarou guerra aos animais, considerados uma ameaça violenta.

O esboço da proposta para matar ou realocar os 2.200 cisnes selvagens do estado pode ser apoiado, inclusive, por alguns defensores do meio ambiente, mas criou atritos com os defensores dos direitos dos animais.

Os cisnes chegaram à América do Norte, trazidos pelos colonos europeus, como animais ornamentais que criavam em suas fazendas no final de 1800, mas as autoridades não pensam mais que sua beleza valha o preço de sua liberdade.

O departamento de conservação ambiental do estado de Nova York diz afirma que os cisnes atacam as pessoas, destroem as plantas, representam uma ameaça aos aviões e contaminam as águas porque suas fezes contêm E. coli. 

Desde que um avião da US Airways colidiu em 2009 com uma revoada de gansos e se viu forçado a pousar no rio Hudson, o Departamento da Agricultura americano estabeleceu um sacrifício anual de gansos do Canadá. 

Agora, o Departamento de Preservação do estado de Nova York quer expandir a ofensiva até 2025, matando os animais ou permitindo a "propriedade responsável" que se aplica às aves em cativeiro.

"Os métodos de controle letal incluem atirar nos cisnes que vagam livres e capturar os vivos, aplicando neles a eutanásia, segundo as pautas estabelecidas para animais selvagens", diz a proposta.

Segundo o documento, que gerou reações enérgicas, os ninhos também serão destruídos, os ovos untados com graxa, furados ou esterilizados para evitar que nasçam filhotes.

O fundador da organização de defesa dos animais Watch NYC, David Karopkin, disse à AFP que rejeita a ideia de que 2.200 cisnes sejam uma ameaça para um estado de 18 milhões de pessoas.

"Ainda tenho que encontrar alguém que tenha sido seriamente ferido por um cisne", afirmou.

"É simplesmente escandaloso tentar eliminar uma espécie inteira, que vive no estado há mais de 150, quase 200 anos", condenou.
AFP

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