Os geólogos conheciam a existência desta floresta, mas não era visível.
Duas florestas pré-históricas, engolidas pelo mar, ressurgiram no Reino Unido devido às fortes tempestades dos últimos meses.
Com a maré baixa, a baía de Mount, na Cornualha (extremo sudoeste da Inglaterra), mudou de aspecto em poucas semanas, com o aparecimento de troncos de pinheiros, carvalhos e faias com 4.000 a 6.000 anos de idade, segundo exames de datação de carbono.
Os geólogos conheciam a existência desta floresta, mas não era visível.
"As tempestades revelaram troncos de pinheiro e carvalho de 2 a 5 metros, assim como arbustos de aveleira bem conservados", explicou Frank Howie, do organismo encarregado da proteção da natureza na Cornualha.
O mesmo ocorreu na costa galesa, na baía de Cardigan, de onde emergiram raízes imponentes de castanheiras enterradas até 4.500 anos. Poderia se tratar da floresta do reino mítico de "Cantre´r Gwaelod", um território que alguns acreditam que se estendia 30 km além da costa atual antes de ser engolido pelo mar.
"Essas florestas ainda existiam há 4.000 ou 5.000 anos, quando o clima era um pouco mais quente do que hoje em dia. Não se inundaram antes da última glaciação, que aconteceu há 12 mil anos", segundo o Patrimônio Nacional (National Trust), organismo encarregado da preservação de uma parte das costas inglesas e galesas.
Os especialistas calculam que as florestas poderão acabar de novo submersas nos próximos meses.
O Reino Unido enfrentou este ano seu inverno mais chuvoso desde 1910, com uma grande sequência de tempestades. A força do vento e da chuva redesenharam a costa, recuperando florestas lendárias em alguns casos e, em outros, perdendo cinco metros de litoral para o mar, segundo o Patrimônio Nacional.
AFP
Nenhum comentário:
Postar um comentário