segunda-feira, 31 de março de 2014

Arcebispo pede para cuidar dos pobres com qualidade

Braga, 31 mar (SIR) - O Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga pediu, este domingo, às Conferências de S. Vicente de Paulo que se estruturem e organizem de forma a darem uma “resposta de qualidade a quem mais precisa de ajuda”. “Procurai renovar, trabalhar com mais qualidade dando resposta às causas dos verdadeiros problemas com autenticidade e verdade. Sejamos protagonistas da caridade”, disse D. Jorge Ortiga na missa a que presidiu antes da Assembleia Geral do Conselho Central de Braga da Sociedade São Vicente de Paulo, sessão na qual tomou posse a nova direção da zona de Braga.
“Há muitas e novas formas de pobreza. É a fome, o vestir, o não ter dinheiro para a água, a luz, medicamentos. Mas são também os sem-abrigo, os desempregados, os toxicodependentes, os doentes, os idosos, os abandonados, os dependentes do álcool e do jogo, as mulheres violentadas com maus tratos”, lembrou o arcebispo de Braga pedindo que os vicentinos “cuidem das fragilidades” destas “realidades novas”.
Em relação ao desemprego, D. Jorge Ortiga alertou para o fato de “os dados estatísticos iludirem” dado que “há menos desemprego, porque há mais emigrantes”. Nas palavras que proferiu na homilia, na Basílica dos Congregados em Braga, o prelado pediu ainda aos membros dos Conselhos de São Vicente de Paulo e aos fiéis em geral que “ousem propor o projeto vicentino a novos voluntários, envolvendo amigos, conhecidos e não conhecidos nesta causa em favor dos que mais necessitam”. Na Arquidiocese de Braga estão ativos atualmente cerca de 80 grupos vicentinos mas segundo o jornal Diário do Minho “o movimento está a crescer, graças à renovação que está a ser feita quer nas conferências vicentinas, quer também nas estruturas da hierarquia”.
Na sessão de tomada de posse da direção do conselho de zona de Braga da Sociedade São Vicente de Paulo, o novo presidente, António Pereira Barbosa, anunciou que pretende “revitalizar as conferências vicentinas de Braga, sem nunca esquecer a experiência e os princípios católicos que regem a Sociedade São Vicente de Paulo”. “Cada conferência tem uma maneira diferente de trabalhar, mas vamos neste novo ciclo de vida das nossas conferências uniformizar a forma de atuar no terreno para termos uma percepção mais próxima da realidade, para que este apoio seja mais efetivo e por conseguinte mais abrangente, para fazer face ao aumento de famílias com carências”, concluiu o novo presidente do conselho de zona de Braga da Sociedade de São Vicente de Paulo.
SIR

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