Brasília - Dois terços das mulheres vítimas de violência física e/ou sexual não entram em contato com a polícia ou qualquer outro serviço de apoio, indicou estudo elaborado pela Agência de Direitos Fundamentais (FRA, sigla em francês) da União Europeia (UE). A falta de queixas e denúncias esconde a verdadeira extensão do problema da violência contra as mulheres, destacou o documento.
O estudo da agência revela níveis "chocantes" de violência em toda a União Europeia, disse o diretor da FRA, Morten Kjaerum, em comunicado. Dados preliminares foram anunciados quando se comemorou em vários países europeus o Dia de São Valentim, análogo ao Dia dos Namorados no Brasil. A data foi marcada por uma campanha para o fim da violência contra a mulher.
"Há necessidade urgente de capacitar as mulheres para debater e denunciar um problema demasiado comum, para que as autoridades possam ajudar a pôr fim à violência", diz a nota.
Essa é a primeira pesquisa no âmbito da União Europeia que registra a extensão e a natureza da violência contra mulheres nos 28 países do bloco. Para elaborar o estudo, foram reunidos testemunhos, feitos ao vivo, com 42 mil mulheres dos 28 Estados membros da UE que foram vítimas de abusos físicos e/ou sexuais em casa, no trabalho, na esfera pública e no espaço virtual, como crimes de perseguição e assédio pela internet.
Agência Brasil
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