"A ONU é um organismo benemérito e, apesar de suas limitações, é melhor que exista do que não exista", afirma Card. Parolin, numa entrevista divulgada na terça-feira pelo jornal oficial do Vaticano, "L'Osservatore Romano".
A entrevista foi concedida por ocasião da publicação do livro "O Papa da paz. A herança dos Santos Roncalli e Wojtyla para o Papa Francisco" (autoria de Nina Fabrizio e Fausto Gasparrone).
Segundo o Cardeal, as Nações Unidas necessitariam de uma reforma, solicitada por muitas partes, mas que não é fácil obter. “O mundo mudou muito desde que a organização foi criada no final da II Guerra Mundial", declarou, destacando todavia que não é fácil outorgar à ONU "um poder efetivo para que consiga manter a paz (sua missão fundamental), sem que este poder esteja somente nas mãos de alguns países. Uma ONU forte, porém democrática, seria uma bênção para todos".
A Santa Sé mantém nas Nações Unidas o status de "observador permanente" e não é membro da organização, de modo que posa manter a sua neutralidade.
"A Igreja não está presente para defender seus próprios direitos nem para invocar privilégios para si mesma, mas para defender os direitos de cada homem e de cada mulher, especialmente se são violados", ressalta Card. Parolin.
(BF)
Rádio Vaticano
Nenhum comentário:
Postar um comentário