Roma – Antes da audiência geral dessa quarta-feira (9), o papa Francisco encontrou o brasileiro frei Beto. Na ocasião, o religioso dominicano pediu a Francisco a reabilitação de Giordano Bruno, o filósofo e astrônomo italiano condenado em 1600 pela Inquisição, que considerou heréticos seus postulados filosóficos.
Segundo explicou numa entrevista publicada nessa quinta-feira (11) no jornal italiano “La Repubblica”, o encontro com o Pontífice realizou-se na Casa Santa Marta, ocasião em que pediu a Bergoglio a reabilitação de Bruno, também dominicano, para "fazer justiça".
"Pedi a ele a reabilitação oficial de Giordano Bruno (...). Creio que a Igreja finalmente pode devolver-lhe a dignidade perdida e assim fazer justiça. Se pedi isto a ele, é porque acredito que o contexto seja propício para este tipo de solicitação", explicou o religioso.
A resposta do papa Francisco foi de que "rezaria". O religioso carioca mostrou-se satisfeito por não ter recebido uma resposta negativa quanto à reabilitação de Bruno, segundo ele, “um humanista”. Nesse sentido, mostrou-se confiante de que, assim como ocorreu com São Tomás de Aquino, “os escritos de Giordano Bruno superarão o compasso do tempo para converterem-se em uma importante contribuição à Teologia”.
Em fevereiro de 2012, o Vaticano desclassificou 100 documentos, entre os quais encontrava-se o sumário da sentença do pensador dominicano Bruno, queimado na fogueira por suas postulações sobre o universo. Giordano Bruno, nascido em Nola, Reino de Nápoles, em 1548, foi queimado como herege e apóstata em 17 de fevereiro de 1.600 na Praça romana "Campo dei Fiori". Mais de 400 anos após sua morte, seu caso segue atraindo estudiosos e homens da Igreja.
SIR
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