domingo, 6 de abril de 2014

Investir nas pequenas comunidades cristãs

MUNDO
Coreia do Sul

Texto Álvaro Pacheco | Foto Álvaro Pacheco | 04/04/2014 | 12:23
A Conferência Episcopal sul-coreana publicou um diretório sobre as Pequenas Comunidades Cristãs (PCC), com o objetivo de dar um novo impulso a este método de evangelização, formado por leigos. Mas a realidade está ainda longe do ideal

Este diretório destina-se a pastores e fiéis, com o intuito de os ajudar a compreender e fomentar os princípios básicos e o estilo inerente a este tipo de comunidades. Estas comunidades são constituídas sobretudo por grupos de famílias de uma área residencial da paróquia e que tentam pôr em prática os princípios do Evangelho no contexto da vida prática de todos os dias. Elas reúnem-se para rezar, partilhar a Palavra de Deus e a experiência de vida. 

As Pequenas Comunidades Cristãs (PCC) são um modo de reforçar a relação de unidade entre os fiéis, relação que nem sempre é possível no contexto mais alargado da paróquia a que pertencem. Este método pastoral foi introduzido na Coreia no início dos anos noventa, cabendo aos bispos a promoção das mesmas. Existe, como tal, uma pequena subcomissão dentro da Conferência Episcopal que trabalha com a Comissão da Evangelização, liderada por Vicente Ri Pyung-ho, bispo de Jonju. 

O diretório surge como resposta a um pedido de clarificação sobre as mesmas por parte de vários agentes pastorais, incluindo diversos sacerdotes diocesanos, de modo a poderem criá-las, promovê-las e pô-las em prática. Ele contém princípios e sugestões para uma pastoral integrada, bem como várias experiências já efetuadas. Há também uma apresentação histórica das mesmas, de várias linhas de orientação para o futuro e até mesmo opiniões e perspetivas críticas – positivas e menos positivas – sobre as mesmas, sobretudo de padres, leigos e religiosos com experiência neste campo pastoral. 

Vicente Ri Pyung-ho acredita que este diretório irá favorecer uma maior e melhor compreensão das PCC e, ao mesmo tempo, ajudar a clarificar problemas e questões inerentes às mesmas, num contexto de crescente secularização e diminuição da prática eclesial, associadas a uma diminuição das camadas mais jovens que frequentam a Igreja.

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