“Imitando Cristo, foi para o mundo um pregador incansável da Palavra de Deus”, destacou.
Cidade do Vaticano – O papa recordou nessa segunda-feira (1º) no Vaticano o 9.º aniversário da morte do Beato João Paulo II, numa saudação aos peregrinos poloneses que participaram na audiência pública semanal, destacando o “patrimônio de fé” do futuro santo.
“Imitando Cristo, foi para o mundo um pregador incansável da Palavra de Deus, da verdade e do bem: ele fez o bem mesmo com o seu sofrimento. Esse foi o magistério da sua vida ao qual o Povo de Deus respondeu com grande amor e estima”, declarou Francisco, perante dezenas de milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro.
O papa argentino aludiu à próxima canonização de João Paulo II, marcada para o dia 27 deste mês, e afirmou que este acontecimento deve ser uma ocasião para “prepara-se espiritualmente e para reavivar o patrimônio de fé por ele deixado”.
“Que a sua intercessão reforce em nós a fé, a esperança e o amor”, concluiu. Karol Jozef Wojtyla, eleito papa a 16 de outubro de 1978, nasceu em Wadowice (Polónia), a 18 de maio de 1920, e morreu no Vaticano, a 2 de abril de 2005.
Entre os seus principais documentos, contam-se 14 encíclicas, 15 exortações apostólicas, 11 constituições apostólicas e 45 cartas apostólicas; realizou 104 viagens internacionais, incluindo três visitas a Portugal, em 1982, 1991 e 2000.
De acordo com o direito canônico, para a canonização era necessário um novo milagre atribuível à intercessão do beato, o qual foi aprovado por Francisco a 5 de julho de 2013. O milagre diz respeito à cura de uma mulher da Costa Rica, Floribhet Mora, que teve lugar na tarde de 1 de maio de 2011, dia em que o papa polaco foi proclamado beato por Bento XVI na Praça de São Pedro.
“A mulher, afetada por uma grave lesão cerebral, rezou a João Paulo II e foi curada. Graças à intercessão do beato, toda a família desta mulher reencontrou a fé: quase um duplo milagre”, refere o site oficial da causa de canonização, karol-wojtyla.org.
O secretário particular do papa polonês, cardeal Stanislaw Dziwisz, disse à Rádio Vaticano que a vida de João Paulo II “marcou a história” e que todos os que conviveram com ele têm a convicção de ter vivido com “um homem santo”.
“Toda a sua vida, do início ao fim, esteve unida ao mistério da divina misericórdia. Desse modo, ofereceu-nos o programa para este milénio: a divina misericórdia. O mundo não terá paz se não recorrer a ela”, observa o atual arcebispo de Cracóvia.
Também o cardeal Leonardo Sandri, que em 2009 anunciou na Praça de São Pedro a morte do papa polonês, leva a pensar num “santo”. O então substituto da Secretaria de Estado do Vaticano, hoje prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, diz que João Paulo II foi “um evangelizador, um homem de paz, um homem de grande vida interior”, uma pessoa que “viveu com grande austeridade, com grande pobreza todo o seu ministério”.
SIR
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