Depois de ouvir o relatório sobre a obra do “Apóstolo do Brasil”, Francisco assinou o decreto.
Por Pedro Fonseca
O papa Francisco assinou nesta quinta-feira (3) o decreto de canonização do padre José de Anchieta, transformando em santo o missionário jesuíta considerado o "Apóstolo do Brasil" e um dos responsáveis pela fundação da cidade de São Paulo.
Anchieta, nascido em março de 1534 nas Ilhas Canárias, na Espanha, chegou ao Brasil com apenas 19 anos e viajou o país inaugurando missões religiosas e atuando na catequese de índios, inclusive tendo aprendido o tupi.
"Anchieta é santo. Na manhã desta quinta-feira, 3 de abril, o papa Francisco recebeu em audiência, no Vaticano, o Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, cardeal Angelo Amato", informou nota no site do Vaticano.
"Depois de ouvir o relatório sobre a vida e a obra do ´Apóstolo do Brasil´, o pontífice assinou o decreto que reconhece a figura e a grandeza do missionário, colocando assim seu testemunho como exemplo para os cristãos de todo o mundo."
O primeiro pedido de canonização de Anchieta foi feito há 417 anos. Depois de um novo pedido apresentado em outubro de 2013 pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o papa Francisco ligou pessoalmente para o presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno, informando sobre a canonização, de acordo com o Vaticano.
Junto com o padre Manoel da Nóbrega, Anchieta fundou em 25 de janeiro de 1554 um colégio em Piratininga, onde aos poucos se formou um povoado ao redor que foi batizado pelo missionário de São Paulo, em homenagem ao dia em que se comemora a conversão do apóstolo Paulo.
Anchieta morreu em 1597, aos 63 anos, na aldeia de Reritiba, cidade no Espírito Santo que hoje leva seu nome.
Reuters
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