sábado, 24 de maio de 2014

Editorial. Seguir os passos de Francisco

Em um certo sentido a viagem do Papa Francisco, que já se encontra na Terra Santa, mais precisamente em Amã, onde chegou logo após o meio-dia, hora local, deste sábado, teve início no último dia 6 de janeiro quando ele anunciou ao mundo que tinha o desejo “se Deus quiser” de ir à Terra Santa como peregrino, seguindo os passos de seus 3 predecessores que ali estiveram, e para recordar os 50 anos do histórico encontro entre o Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras, um abarço esperado por séculos. A demonstração concreta do início da viagem foi também nesta sexta-feira de manhã, quando – a exemplo do que já fizera antes de viajar para o Brasil, para participar da JMJ – Francisco foi até a Basílica de Santa Maria Maior, no centro histórico de Roma, para depositar aos pés da imagem de Nossa Senhora “Salus populi Romani” um buquê de flores. Momentos intensos de oração, de silêncio e de entrega. 

Ver o Papa entre os bancos desta antiga Basílica, para quem ali trabalha, parecer ser quase normal, quando se fala de uma viagem de Francisco fora do território italiano. O Papa latino-americano foi confiar a Nossa Senhora os frutos dessa peregrinação estritamente religiosa, como disse na última quarta-feira, durante a audiência geral na Praça São Pedro. “Primeiro, para encontrar o meu irmão Bartolomeu I por ocasião dos 50 anos do encontro de Paulo VI com Atenágoras I. Pedro e André se encontrarão novamente e isso é muito belo. O segundo motivo é rezar pela paz naquela terra que sofre tanto. Peço a vocês que rezem por esta viagem.”

Esse peço a vocês para que rezem por esta viagem é o convite que também nós fazemos a todos os nossos ouvintes... para que através da oração possam peregrinar com Francisco nesta terra que há tanta necessidade de paz.

A viagem do Santo Padre é uma viagem que visa também encorajar toda a comunidade cristã, presente nestas terras que chamamos de Santa; mas será também uma viagem de apoio à presença cristã, de consolação, sobretudo com o encontro no Santo Sepulcro entre Francisco e Bartolomeu, Pedro e André, que será um grande sinal e um gesto de unidade entre todos os cristãos no mundo, mas, sobretudo na Terra Santa. (Silvonei José)

Rádio Vaticano

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