A capital carioca garante comercialização de 65 mil diárias no período da Copa do Mundo.
Já foram comercializadas 300 mil vagas nos hotéis das 12 cidades-sede da Copa do Mundo, mas ainda há muitas vagas disponíveis. Os dados foram divulgadas pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb), que reúne 26 grandes redes hoteleiras no país, com cerca de 600 hotéis em todos os estados e 97 mil unidades habitacionais.
O Rio de Janeiro é a cidade com o maior percentual de apartamentos ocupados, com comercialização de 65 mil diárias, que correspondem a 88% da disponibilidade. A maior procura é para o jogo final do campeonato: 94% das vagas para os dias 12 e 13 de julho. A menor ocupação, por enquanto, é para o jogo Argentina e Bósnia, no dia 15 de junho, com 85%.
Foram analisados 280 hotéis das cidades que vão receber jogos da Copa, que oferecem o total de 48 mil quartos. No levantamento geral para todas as cidades, em todo o período do mundial, a ocupação média está em 55%.
Apesar de ter o percentual mais baixo de ocupação (31%), São Paulo tem o maior número de diárias vendidas: 78 mil. Para o jogo inaugural, entre Brasil e Croácia, no dia 12 de junho, a ocupação da rede hoteleira da cidade está em 42%.
De acordo com o presidente da Fohb, Roberto Rotter, os dados se justificam pela grande oferta de hotéis em São Paulo, que é o dobro do disponível no Rio e quatro vezes maior dentro da rede representada pela entidade. A cidade também costuma receber muitos eventos internacionais entre junho e julho, o que não ocorrerá este ano. Para ele, o temor inicial de que o parque hoteleiro do país não conseguisse atender a demanda para a Copa foi superado.
"Hoje estamos num cenário muito tranquilo, temos mais de 300 mil diárias vendidas nos dias de jogos e nas vésperas. As reservas começaram a se confirmar em janeiro, já que a definição dos viajantes só ocorreu depois da definição dos jogos. Mas, no Rio de Janeiro, se tivesse mais apartamentos disponíveis, teriam sido vendidos".
Rotter explica que os números apresentados foram fechados no dia 15 de maio, e ainda podem aumentar cerca de 10%. Para ele, a rede hoteleira do Brasil tem expertise para receber os turistas na Copa, número que não vai superar outros eventos anuais, como o réveillon no Rio de Janeiro ou o carnaval em diversas cidades.
"Os parâmetros são os mesmos do réveillon, do carnaval, inclusive nos preços, quando nós recebemos o mesmo tanto de turistas da Copa do Mundo. Nós fazemos uma Copa do Mundo por ano. Salvador recebe tantos turistas no carnaval quanto na Copa do Mundo, e a expectativa é de receber 600 mil turistas", acrescentou.
De acordo com o estímulo da cidade e a atratividade dos jogos, a ocupação dos hotéis varia de 98% em Fortaleza - para Brasil e México, no dia 17 de junho - a 45% em Salvador - para Bósnia e Irã, no dia 25 de junho. Curitiba está com ocupação média de 56%, com 16 mil diárias vendidas. O jogo menos procurado da capital paranaense é Argélia e Rússia, no dia 26 de junho, quando a ocupação está em 48%, e o mais procurado é Austrália e Espanha, no dia 23 de junho, com 66% das diárias vendidas.
Agência Brasil
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