Durante 52ª Assembleia Geral, bispos criticam aqueles que transformam futebol em negócio.
Aparecida - O Mundial de Futebol está se aproximando e a Igreja Católica se mobiliza com propostas de ações para os dias do evento esportivo. A apresentação das ações se deu na tarde de terça-feira (6), durante uma coletiva de imprensa, dentro da programação da 52ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, que acontece em Aparecida, São Paulo.
O bispo referencial da Pastoral do Turismo, Dom Anuar Battisti, fazendo analogia ao futebol, disse que a Igreja também quer entrar em campo e marcar a favor da vida. Neste sentido, a instituição publicou um material informativo no qual também destaca alguns pontos negativos na realização do mundial. Segundo Dom Anuar, a utilização do evento como forma de lucro é a principal preocupação.
“É a exploração, transformando o esporte em lucro, num comércio, dado a corporações para visar lucro e isso nunca foi esporte. Esporte é congraçamento, é integração e, como diz o papa, é alegria e nunca para visar lucros para grupos interesseiros”, afirmou.
Outra preocupação da Igreja é a relação dos brasileiros com os turistas. Segundo o bispo, estes recebem, pela mídia internacional, uma imagem negativa, apenas destacando a violência e outros problemas no país. “O brasileiro não é isso”, contestou. “Nós sabemos que somos um povo alegre, hospitaleiro e nós queremos mostrar este rosto bonito para os turistas acolhendo bem, preparando as comunidades para acolher o turista. Saibamos que o turista que vem não é um cara maldoso, como nós também não somos maus; eles e nós somos pessoas do bem. Por isso, nossa principal característica é acolher bem”.
Dom Anuar detalhou ainda que existem projetos para as cidades-sedes, incluindo a proposta de um show católico em Curitiba, no dia de Corpus Christi, por conta dos jogos antes e depois da data. Sobre as manifestações contra o mundial, o bispo disse que a posição da Igreja é, antes de tudo, contra a violência.
“A nossa primeira palavra é condenar todo ato violento. Condenação, cartão vermelho para todo ato de violência, venha de onde vier. Nós não podemos construir uma sociedade mais justa e mais fraterna através da violência, mas sim através da justiça e da paz”.
SIR
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