Crimes de Jimmy Savile, da BBC, ocorreram durante 50 anos em hospitais.
Revelações surgiram após a morte do jornalista, em 2011.
O ex-apresentador da BBC Jimmy Savile abusou sexualmente de vítimas com idades que variavam entre 5 e 75 anos em hospitais do sistema de saúde britânico ao longo de cinco décadas, informaram investigadores do caso citados pela emissora inglesa.
Savile, uma das maiores celebridades da BBC nas décadas de 1970 e 1980, foi desmascarado após sua morte, em 2011, aos 84 anos, ao ser apontado como um dos piores criminosos sexuais da Grã-Bretanha.
Ele abusava dos pacientes em suas camas, corredores e escritórios, de acordo com dados sobre sua conduta nas instalações do sistema de saúde. O relatório cobre 28 hospitais, incluindo um psiquiátrico.
O secretário de Saúde britânico, Jeremy Hunt, pediu desculpas em nome do governo e do sistema de saúde. Segundo ele, as vítimas foram "profundamente decepcionadas" e houve um "grande senso de revolta" com a descoberta dos casos.
Hunt descreveu Savile como um "repugnante e prolífico" abusador, que realizou ataques durante 50 anos.
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As vítimas incluem pacientes, visitantes e até mesmo funcionários das unidades de saúde. Os documentos dos hospitais Leeds General Infirmary e Broadmoor são os mais detalhados. Eles explicam como foi permitido o acesso sem supervisão do apresentador a pacientes vulneráveis.
No hospital Leeds, 60 pessoas revelaram terem sido abusadas. Os abusos variaram de comentários lascivos a agressão sexual e três casos de estupro ocorridos entre 1962 e 2009.
Apenas nove vítimas eram funcionários dos hospitais – outras oito eram mulheres que Savile conheceu no hospital, mas não eram pacientes.
O apresentador também era obcecado com a morte: o relatório afirma que há indícios de que ele posava para fotografias e fazia atos sexuais com corpos no necrotério.
A revelação dos abusos cometidos pelo apresentador chocou a Grã-Bretanha e mergulhou a BBC em uma grave crise. Um relatório de 2012 inocentou chefes da emissora das suspeitas de encobrir denúncias contra Savile, mas um informe da corregedoria da polícia, no ano passado, expressou preocupações sobre os erros da polícia.
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