Marcus Eduardo de Oliveira
Seguir os princípios da conservação e do uso sustentável dos recursos naturais, visando o alcance da sustentabilidade, resguardando e protegendo assim a biodiversidade (variedade de seres vivos sobre a Terra: pessoas, plantas, animais e microrganismos, assim como os ecossistemas e paisagens que eles formam) é o que de mais importante pode ser conseguido na tentativa de se consolidar, de maneira definitiva, políticas capazes de construir um sistema econômico que dialogue com a organização dos ecossistemas.
Isso é tão necessário que se configura no imperativo de construir uma nova economia que tenha um contato mais íntimo junto às ciências naturais, notadamente a ecologia, reconhecendo, de imediato, que é o sistema de meio ambiente que fornece matéria e energia para fazer funcionar o sistema econômico.
Reconhecendo, em outras palavras, que sem o meio ambiente não há produção econômica; reconhecendo ainda que a economia “opera” dentro de um sistema maior chamado meio ambiente; portanto, trata-se de reconhecer, ademais, que a economia é um subsistema do meio ambiente, dependente das condições e disponibilidades de recursos naturais dentro de uma biosfera finita.
Todos os princípios e práticas que permitem transitar rumo à sustentabilidade devem ser buscados constantemente, pois sem essa condição, sem o pleno reconhecimento de que a humanidade se encontra diante dos limites da biosfera, apenas estaremos promovendo mais ainda a ultrapassagem desses limites ecológicos já em franca expansão, o que somente irá nos aproximar cada vez mais e com mais rapidez de um futuro sem futuro no que tange à qualidade de vida.
Portanto, toda e qualquer atitude, individual ou coletiva, que forneça elementos favoráveis à construção progressiva de novas formas de organizar econômica e ecologicamente a sociedade devem ser buscadas e enaltecidas.
Nesse sentido, a prática de um comércio ecologicamente sustentado, por exemplo, se configura numa boa, adequada e indispensável atitude.
Especificamente em relação a isso, as organizações ambientais desenvolveram a prática de algo chamado biocomércio.
Em que consiste isso? O termo biocomércio abrange as atividades de produção/coleta, transformação e comercialização de bens e serviços derivados da biodiversidade nativa (espécie, recursos genéticos e ecossistemas) que são desenvolvidas de forma sustentável, de acordo com critérios ambientais, sociais e econômicos.
A relevância da comercialização justifica-se pelo fato de que tanto a demanda de ingredientes naturais por empresas transformadoras quanto à demanda de produtos naturais finalizados pelos consumidores está aumentando continuamente.
Essa noção que envolve o biocomércio abrange, ao menos, sete etapas: conservação da biodiversidade, uso sustentável, repartição justa e equitativa dos benefícios, sustentabilidade socioeconômica, conformidade legal, respeito pelos direitos dos atores e clareza sobre a posse de terra.
Seria demasiadamente extenso detalharmos aqui cada uma dessas sete etapas. Preferimos apenas asseverar que o que emoldura essa noção é buscar promover o “Sourcing with Respect” (Abastecimento com Respeito) de ingredientes provenientes da biodiversidade, a partir do cumprimento das sete etapas mencionadas, sempre olhando na direção da conservação da biodiversidade, redirecionando a atividade econômica no sentido de sua inserção nos limites estabelecidos pela biosfera, evitando-se assim a agressão continuada do meio ambiente.
Isso é tão necessário que se configura no imperativo de construir uma nova economia que tenha um contato mais íntimo junto às ciências naturais, notadamente a ecologia, reconhecendo, de imediato, que é o sistema de meio ambiente que fornece matéria e energia para fazer funcionar o sistema econômico.
Reconhecendo, em outras palavras, que sem o meio ambiente não há produção econômica; reconhecendo ainda que a economia “opera” dentro de um sistema maior chamado meio ambiente; portanto, trata-se de reconhecer, ademais, que a economia é um subsistema do meio ambiente, dependente das condições e disponibilidades de recursos naturais dentro de uma biosfera finita.
Todos os princípios e práticas que permitem transitar rumo à sustentabilidade devem ser buscados constantemente, pois sem essa condição, sem o pleno reconhecimento de que a humanidade se encontra diante dos limites da biosfera, apenas estaremos promovendo mais ainda a ultrapassagem desses limites ecológicos já em franca expansão, o que somente irá nos aproximar cada vez mais e com mais rapidez de um futuro sem futuro no que tange à qualidade de vida.
Portanto, toda e qualquer atitude, individual ou coletiva, que forneça elementos favoráveis à construção progressiva de novas formas de organizar econômica e ecologicamente a sociedade devem ser buscadas e enaltecidas.
Nesse sentido, a prática de um comércio ecologicamente sustentado, por exemplo, se configura numa boa, adequada e indispensável atitude.
Especificamente em relação a isso, as organizações ambientais desenvolveram a prática de algo chamado biocomércio.
Em que consiste isso? O termo biocomércio abrange as atividades de produção/coleta, transformação e comercialização de bens e serviços derivados da biodiversidade nativa (espécie, recursos genéticos e ecossistemas) que são desenvolvidas de forma sustentável, de acordo com critérios ambientais, sociais e econômicos.
A relevância da comercialização justifica-se pelo fato de que tanto a demanda de ingredientes naturais por empresas transformadoras quanto à demanda de produtos naturais finalizados pelos consumidores está aumentando continuamente.
Essa noção que envolve o biocomércio abrange, ao menos, sete etapas: conservação da biodiversidade, uso sustentável, repartição justa e equitativa dos benefícios, sustentabilidade socioeconômica, conformidade legal, respeito pelos direitos dos atores e clareza sobre a posse de terra.
Seria demasiadamente extenso detalharmos aqui cada uma dessas sete etapas. Preferimos apenas asseverar que o que emoldura essa noção é buscar promover o “Sourcing with Respect” (Abastecimento com Respeito) de ingredientes provenientes da biodiversidade, a partir do cumprimento das sete etapas mencionadas, sempre olhando na direção da conservação da biodiversidade, redirecionando a atividade econômica no sentido de sua inserção nos limites estabelecidos pela biosfera, evitando-se assim a agressão continuada do meio ambiente.
Marcus Eduardo de Oliveira é economista e professor, com mestrado pela (USP).
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