segunda-feira, 9 de junho de 2014

Caravana dispersa enfrenta o anonimato na Argentina

Giovana Sanchez, do G1, em Salta (Argentina)
Twitter: #G1nacaravanadoChile
Chile
"Giovana, você está pálida!", me disse assustado o chileno Matías Inostroza depois de viajarmos por quase quatro horas pelas espirituosas curvas da rodovia que corta a Cordilheira dos Antes entre Chile e Argentina. Em termos de capacidade de enjoar o viajante, a estrada não deixa nada a desejar para a nossa Serra do Mar - e também não perde no quesito visual, principalmente quando o dia está ensolarado como este domingo. Mas, claro, nos Andes há o frio, que faz ações simples como colocar o braço para fora da janela para tirar foto e sair do carro para a inspeção da polícia de fronteira serem verdadeiros sofrimentos. 
mapa caravana chile SaltaMas passadas as curvas - e com a cor normal de volta -, cruzar a fronteira foi relativamente fácil. E o primeiro sinal que a caravana saiu mesmo do Chile, depois da temperatura mais amena, foi o desaparecimento completo dos aplausos, acenos e buzinas por onde passamos. Na Argentina, pelo contrário, cheguei a ouvir que era perda de tempo os chilenos fazerem esse sacrifício, pois obviamente o título do mundial já estava ganho - e era argentino, claro. 
Depois de quase 700km, por volta de 20h, chegamos em Salta, local do primeiro acampamento organizado pela Caravana Santiago-Brasil. A (minha) expectativa era de um camping animado e cheio de hinchas (torcedores). Mas mais uma surpresa: estava vazio. Segundo os vigias do local, os cerca de 100 carros que passaram por aqui na noite de sábado saíram logo de manhã - e eles esperam levas de 100 a 200 veículos nos próximos dias. 
 A caravana, portanto, continua dispersa. Mas os organizadores afirmam que esperarão os carros chegarem a Posadas, minha próxima parada na Argentina, para que o grupo possa ir finalmente (e literalmente) em caravana para o Brasil.

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