terça-feira, 17 de junho de 2014

De olho nas oitavas, Brasil quer superar México

O último confronto entre as duas equipes aconteceu na Copa das Confederações, com vitória do Brasil por 2 a 0.

Fortaleza - A seleção brasileira enfrenta nesta terça-feira em Fortaleza o México, que o técnico Luiz Felipe Scolari definiu como "pedra no sapato", em partida entre duas equipes que venceram na estreia e podem dar um grande passo rumo à classificação para as oitavas de final.
A vaga para a segunda fase pode ser garantida matematicamente com uma vitória sobre os mexicanos e um empate na partida entre Croácia e Camarões, marcada para o dia seguinte em Manaus.
Para isso, porém, o Brasil precisará mostrar mais firmeza do que na estreia, quando sofreu muito para vencer os croatas de virada por 3 a 1, em São Paulo, em partida na qual a seleção foi beneficiada por um pênalti duvidoso marcado em Fred.
Já os mexicanos obtiveram uma vitória 'magra' por 1 a 0 sobre Camarões, em Natal, mas poderiam ter conseguido um placar mais elástico se dois gols não tivessem sido mal anulados.
As polêmicas com a arbitragem deixaram os mexicanos com receio de ter que lidar com um 'apito caseiro'. "É algo que não podemos controlar, você tem que aceitar as coisas e torcer para que coisas deste tipo não aconteçam", declarou o capitão mexicano Rafael Márquez, ex-zagueiro do Barcelona, que está em seu quarto Mundial.
"A arbitragem nos tirou dois gols, mas chegamos a esta partida com três pontos e muita motivação. A nossa equipe não se desesperou apesar dos erros de arbitragem", disse por sua vez o técnico Miguel Herrera.
"Será uma partida transcendental. Queremos vencer, tirar pontos do Brasil seria extraordinário", ressaltou.
Carrasco olímpico
O último confronto entre as duas equipes aconteceu na Copa das Confederações, com vitória por 2 a 0 dos comandados do técnico Luiz Felipe Scolari. Os gols foram marcados por Neymar e Jô. Curiosamente, esta partida também aconteceu em Fortaleza, pela segunda rodada da fase de grupos.
"Eles trocaram três vezes de treinador nos últimos meses, então a forma de jogar também mudou. Na Copa das Confederações, jogaram em 4-4-2, mas hoje jogam diferente (em 3-5-2, com linha de três zagueiros atrás). Temos que observar alguns detalhes para que possamos causar prejuízo a eles. Com técnico diferente, as caraterísticas dos jogadores não mudam, mas os posicionamentos mudam", analisou Felipão.
Contra Camarões, 'El Tri' mostrou qualidade no toque de bola, com jogadores velozes e habilidosos, como o volante Héctor Herrera ou os atacantes Peralta e Giovanni dos Santos, filho de um ex-jogador brasileiro que fez carreira no México.
Peralta traz péssimas memórias ao torcedor brasileiro, já que foi o 'carrasco' da seleção olímpica que perdeu a final dos Jogos de Londres-2012 por 2 a 1 para os mexicanos, em Wembley.
"Perder na Olimpíada foi muito frustrante, porque era um título que o Brasil ainda não tinha. Eu estava lá e, com o grupo que tínhamos, foi frustrante perder. Sem querer desrespeitar o México", afirmou o atacante Hulk, autor do único gol brasileiro na decisão, já nos minutos finais da partida.
Hulk é dúvida
Apesar da derrota ainda engasgada, o paraibano não vê a partida desta terça-feira como uma revanche.
"Não vamos levar como vingança. Se pensar nisso, pode prejudicar. Mesmo quando enfrentamos o México na Copa das Confederações, não estávamos pensando em vingança. Vamos enfrentar o jogo como uma decisão, como enfrentamos todos os jogos" completou o atacante.
Hulk mostrou-se empolgado por voltar a jogar no nordeste, mas virou dúvida no domingo, quando sentiu dores na coxa e deixou o treino mais cedo do que os companheiros.
"Senti um incômodo e resolvi sair por precaução. Não quero perder esse jogo de jeito nenhum, porque vai ser no Nordeste, toda a minha família vai estar lá. Espero estar 100%. Vou me sentir em casa, com certeza vou ser bem recebido. Se Deus quiser, vou jogar e vamos ganhar este jogo", afirmou o atacante, que foi substituído por Ramires no coletivo, mas também pode dar lugar a Willian ou Bernard.
Nesta segunda-feira, o atacante realizou exames de ressonância magnética numa clínica de Fortaleza e nenhuma lesão muscular foi constatada.
O jogador, porém, será poupado do treino de reconhecimento no Castelão e ficará no hotel para fazer tratamento com o fisioterapeuta da seleção.
As duas equipes se enfrentaram três vezes em Copas do Mundo, com três vitórias brasileiras, as três em partidas de estreia. As duas primeiras foram de goleada (4-0 em 1950, no Maracanã e 5-0 em Genebra, na Suíça-1954). Na terceira e última, Garrincha e companhia venceram por 2 a 0 no início da campanha do bi, no Chile-1962, em Viña Del Mar.
No total, foram 37 jogos com a seleção principal, com 22 vitórias brasileiras, seis empates e dez derrotas, sendo que nenhum dos 16 jogos disputados em competições oficiais terminou empatado.
Desde o início do século XXI, porém, o retrospecto é favorável aos mexicanos, que venceram seis jogos em 13 partidas, contra apenas quatro vitórias brasileiras e três empates.

Assista ao vídeo: Brasil quer superar México
Escalações prováveis:
BRASIL
Julio César - Daniel Alves, Thiago Silva (cap), David Luiz, Marcelo - Oscar, Paulinho, Neymar, Luiz Gustavo, Hulk (Ramires) - Fred. T: Luiz Felipe Scolari.

MÉXICO
Guillermo Ochoa - Paul Aguilar, Francisco Rodríguez, Rafael Márquez (cap), Héctor Moreno, Miguel Layún - Héctor Herrera, José Vázquez, Andrés Guardado - Oribe Peralta, Giovani Dos Santos. T: Miguel Herrera.
AFP

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