sexta-feira, 27 de junho de 2014

OMM divulga alerta para formação de El Niño

Segundo entidade meteorológica, há 60% de chance de presenciarmos o fenômeno entre junho e agosto.

Países devem se preparar para as consequências associadas ao El Niño, como eventos de secas ou enchentes em diferentes partes do mundo e o aumento nas temperaturas, recomendou nesta quinta-feira (26) a Organização Meteorológica Mundial (OMM).

Segundo a entidade, existe 60% de chance de presenciarmos a formação do El Niño entre junho e agosto, sendo que essa possibilidade aumenta para 80% para o período entre outubro e dezembro.

“O El Niño resulta em eventos climáticos extremos e em um pronunciado efeito de aquecimento. É muito cedo para avaliarmos os seus impactos nas temperaturas em 2014, mas esperamos que a tendência de aquecimento se mantenha como um resultado do aumento na concentração de gases do efeito estufa”, afirmou Michel Jarraud, secretário-geral da OMM.

A NASA e a Agência Meteorológica do Japão apontaram o último mês como o maio mais quente desde 1880, mesmo sem a presença do El Niño. Se o fenômeno se confirmar, estima-se que 2014 será o ano mais quente já registrado.

O El Niño faz parte do ciclo climático natural do planeta, se repetindo a intervalos que variam entre dois e sete anos, e é caracterizado pelo aquecimento das águas do Pacífico. Entre suas consequências para o Brasil estão secas no Norte e chuvas acima da média no Sul.

“Nosso entendimento do El Niño e da La Niña tem crescido nos últimos anos e esse conhecimento nos permitiu prestar importantes serviços climáticos para a sociedade. Alertas antecipados fornecem aos governos de todo o mundo tempo para que criem planos de contingência para lidar com os impactos esperados na agricultura, na gestão hídrica, na saúde pública e em outros setores sensíveis. Ainda somos vulneráveis a essa força da natureza, mas podemos nos preparar para ficarmos mais protegidos”, concluiu Jarraud.
Instituto Carbono Brasil

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