A Survival Internacional, uma organização não governamental de defesa dos povos indígenas, divulgou esta semana um estudo que confirma a tribo indígena Guarani, do estado de Mato Grosso, no Brasil, como a que sofre «a maior taxa de suicídio no mundo». Em 2013, pelo menos 72 elementos desta etnia puseram termo à vida, o que fez com que a quantidade de suicídios na tribo quase tenha triplicado nas últimas duas décadas.
«Não têm futuro, não têm respeito, não têm trabalho, nem terra pra plantar e viver. Escolhem morrer porque na verdade já estão mortos por dentro», afirmou um líder guarani, lamentando o facto da tribo ter perdido a maior parte das suas terras, que foram transformadas em fazendas e plantações de cana-de-açúcar.
Segundo os dirigentes da Survival, os chefes das comunidades são frequentemente atacados e assassinados e os índios, vendo-se expulsos das suas terras, acabam a viver em condições precárias nas bermas da estrada ou em reservas superlotadas, onde proliferam as doenças, o alcoolismo, a violência e o suicídio.
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