Felipão é um homem convicto do que faz. Em 2002, torcida e imprensa pediam Romário. Ele literalmente bateu o pé e deixou o baixinho de fora. Ganhou a Copa.
A maioria pede a saída de Paulinho e Daniel Alves. Não adianta. Eles só deixarão a equipe titular se Felipão acreditar que isso será bom, inclusive para o elenco.
Espero que Scolari tenha se convencido de que o melhor para o país é ter Fernandinho no lugar de Paulinho. O volante do Manchester City mudou completamente a partida contra Camarões.
Com Paulinho em campo, prevalecia os lançamentos diretos da defesa para o ataque. Boa parte errados. Já com Fernandinho entre os 11, a bola passava pelo meio, com qualidade.
Fernandinho balançou as redes e ainda ajudou Fred, tomando a bola na entrada da área, a acabar com a seca de gols. Fernandinho pode ter recuperado o “matador” que existe em Fred. Daí outro detalhe muito importante na entrada do jogador dos Citzens.
Fred procurou mais o jogo, abriu espaço, tentou tabelar. Foi a partida que mais participou. Contudo, ainda não é aquele Fred que todos conhecem. Mas o gol deve ajudar a diminuir a ansiedade. Bom para ele e para o Brasil.
Diante disso, a troca de Paulinho por Fernandinho parece certa. Ou pelo menos seria se o técnico não fosse o Felipão.
Será que ele muda o time?
Se não o fizer pode passar de convicto para teimoso em menos de 90 minutos.
A conta que incomoda
O Mineirão receberá a Seleção Brasileira no próximo sábado e com boas chances de a visita se repetir na semifinal. Provavelmente essas duas partidas só confirmarão o sucesso da Copa do Mundo no Brasil. Jogos emocionantes, com bom futebol na maioria deles, e estádios lotados colocam o Mundial no nosso país como o melhor dos últimos tempos.
E depois que o Mundial acabar? Em Minas Gerais o bom futebol até tem prevalecido, mas o Mineirão dificilmente tem todos os ingressos vendidos a cada partida. Surge, então, uma conta que incomoda o torcedor.
No ano passado, a Minas Arena, empresa que gerencia o Gigante da Pampulha, teve prejuízo em todos os meses. E toda vez que isso acontecer, o contribuinte mineiro, através do governo do Estado, é quem pagará a conta.
Em 2013, o governo do Estado repassou R$ 44,4 milhões à Minas Arena. O valor é devido por força de contrato que garante o lucro mínimo de R$ 3,7 milhões mensais à empresa.
Ou seja, o consórcio Minas Arena participa de um campeonato do qual nunca sairá derrotado de campo nos 25 anos de duração do contrato que tem com o governo de Minas Gerais.
Juliano Paiva escreve toda segunda-feira no DomTotal.com
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