quarta-feira, 25 de junho de 2014

Vai mudar Felipão?

Felipão é um homem convicto do que faz. Em 2002, torcida e imprensa pediam Romário. Ele literalmente bateu o pé e deixou o baixinho de fora. Ganhou a Copa.

A maioria pede a saída de Paulinho e Daniel Alves. Não adianta. Eles só deixarão a equipe titular se Felipão acreditar que isso será bom, inclusive para o elenco.

Espero que Scolari tenha se convencido de que o melhor para o país é ter Fernandinho no lugar de Paulinho. O volante do Manchester City mudou completamente a partida contra Camarões.

Com Paulinho em campo, prevalecia os lançamentos diretos da defesa para o ataque. Boa parte errados. Já com Fernandinho entre os 11, a bola passava pelo meio, com qualidade. 

Fernandinho balançou as redes e ainda ajudou Fred, tomando a bola na entrada da área, a acabar com a seca de gols. Fernandinho pode ter recuperado o “matador” que existe em Fred. Daí outro detalhe muito importante na entrada do jogador dos Citzens.

Fred procurou mais o jogo, abriu espaço, tentou tabelar. Foi a partida que mais participou. Contudo, ainda não é aquele Fred que todos conhecem. Mas o gol deve ajudar a diminuir a ansiedade. Bom para ele e para o Brasil.

Diante disso, a troca de Paulinho por Fernandinho parece certa. Ou pelo menos seria se o técnico não fosse o Felipão.
Será que ele muda o time?

Se não o fizer pode passar de convicto para teimoso em menos de 90 minutos.

A conta que incomoda

O Mineirão receberá a Seleção Brasileira no próximo sábado e com boas chances de a visita se repetir na semifinal. Provavelmente essas duas partidas só confirmarão o sucesso da Copa do Mundo no Brasil. Jogos emocionantes, com bom futebol na maioria deles, e estádios lotados colocam o Mundial no nosso país como o melhor dos últimos tempos.  

E depois que o Mundial acabar? Em Minas Gerais o bom futebol até tem prevalecido, mas o Mineirão dificilmente tem todos os ingressos vendidos a cada partida. Surge, então, uma conta que incomoda o torcedor.

No ano passado, a Minas Arena, empresa que gerencia o Gigante da Pampulha, teve prejuízo em todos os meses. E toda vez que isso acontecer, o contribuinte mineiro, através do governo do Estado, é quem pagará a conta. 

Em 2013, o governo do Estado repassou R$ 44,4 milhões à Minas Arena. O valor é devido por força de contrato que garante o lucro mínimo de R$ 3,7 milhões mensais à empresa.

Ou seja, o consórcio Minas Arena participa de um campeonato do qual nunca sairá derrotado de campo nos 25 anos de duração do contrato que tem com o governo de Minas Gerais.   

Juliano Paiva escreve toda segunda-feira no DomTotal.com

Juliano Paivaé jornalista formado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Atualmente editor do Dom Total, Paiva trabalhou nos jornais O Tempo, Hoje em Dia e no extinto Diário da Tarde, tradicional periódico de Belo horizonte fechado pelos Associados Minas em julho de 2007. No DT, começou como repórter da editoria Cidades, mas, na época do fechamento do jornal, fazia cobertura esportiva. Também foi responsável pela cobertura de jogos do Campeonato Brasileiro para a Folha de São Paulo no segundo semestre de 2007. 

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