Ação da Igreja estende-se do mar à serra algarvia
Faro, 29 jul 2014 (Ecclesia) - D. Manuel Quintas é bispo do Algarve desde 2004 e considera que estes 10 anos foram “muito desafiantes e estimulantes” numa diocese onde a missão da Igreja se estende do mar até serra.
“Foram 10 anos muito desafiantes e estimulantes. Desafiantes porque quem tem na Igreja a vocação e a missão de anunciar o Evangelho e testemunhar Cristo, cada dia é sempre vivido como um desafio de anunciar sem cessar a pessoa de Cristo e o Evangelho; e estimulantes pelo testemunho, quer dos padres quer dos leigos mais comprometidos e envolvidos - e são tantos felizmente – constituem a força, o estímulo que o bispo recebe para realizar a sua missão”, sustenta D. Manuel Quintas.
Em entrevista à Agência ECCLESIA, publicada no último semanário digital, o bispo do Algarve disse que no verão a diocese promove iniciativas “ao nível do lazer” que esteja em sintonia com o ambiente dos meses de calor.
“Promover alguma iniciativa ao nível de lazer, é bem-vindo e é acolhido. Se for alguma conferência ou encontro, já é mais difícil porque as pessoas vêm de férias, para repousar, para viver com os amigos, com os conhecidos ou com quem encontram”, referiu.
Eventos culturais na Sé de Faro, celebração de eucaristias ao fim do dia, algumas em inglês ou com partes da missa noutras línguas são algumas das propostas que a Diocese do Algarve concretiza.
“É evidente que teríamos muitos outros projetos a realizar, mas sentimo-nos muito pequeninos diante de tanta necessidade ou de tanto que seria bom propor, mas não temos capacidade para isso”, refere D. Manuel Quintas.
Para o bispo do Algarve, a atenção da diocese está voltada também para a serra algarvia, onde os sacerdotes vão ao encontro das pessoas, muitas vezes em casa delas porque muitos dos espaços públicos “estão a fechar”.
“Quando fecha uma escola numa freguesia da serra algarvia significa o princípio do fim. Depois os correios mais próximos também fecharam, agora são os centros de saúde que estão lá longe”, lamenta.
“Quando sabem que o padre vai lá, passa por lá, se não é todos os domingos é cada quinze dias, mesmo durante a semana, está com eles, fala com eles, reúne-se nas casas deles, isso é para eles sinal de contorto, de vencer a solidão”, refere o bispo do Algarve.
Para D. Manuel Quintas, “a missão da Igreja passa também por aí, não apenas grandes multidões, não apenas reunir em igrejas, mas também nas casas das pessoas, individualmente, algumas já sem possibilidades até de saírem de casa”.
D. Manuel Quintas foi nomeado bispo auxiliar do Algarve no dia 30 de junho do ano 2000 e titular da diocese no dia 27 de junho de 2004.
O último semanário digital Ecclesia e o programa 70x7 deste domingo apresentaram a realidade pastoral e social da Diocese do Algarve, nomeadamente o trabalho da Cáritas e Secretariado da Pastoral do Turismo.
HM/PR
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