"Hermanos" tratam jogadores como heróis na chegada ao país, mesmo após o vice. Presidente Cristina Kirchner exalta atletas por campanha na Copa: "Foram uns leões"
Um rastro de destruição em Buenos Aires, brigas no Maracanã e decepção total no Terreirão do Samba, reduto dos "hermanos" no país após a derrota da Argentina na final da Copa do Mundo. No dia seguinte, porém, tudo isso foi deixado de lado. No lugar de tristeza e irritação, a recepção aos jogadores no país foi em tom de heroísmo e carinho. A delegação chegou a Buenos Aires na manhã desta segunda-feira com festa e seguiu para o centro de treinamento em Ezeiza, onde foi recebida pela presidente do país, Cristina Kirchner, que exaltou a performance da seleção no Brasil. Uma recepção que estava marcada para ocorrer no Obelisco, um dos principais pontos turísticos da capital argentina, no entanto, foi cancelada.
- Agradeço a todos. Ontem senti um orgulho imenso pela forma como defenderam as cores da Argentina. Dignidade, orgulho e capacidade. Calaram a boca de muitos que não acreditavam em vocês. Demonstraram que com garra, equipe e paixão em campo é possível conseguir triunfos. Vocês foram uns leões - disse a presidente, que, entretanto, admitiu que não assistiu a partida alguma da seleção na Copa.
MESSI AGRADECE, E SABELLA SE "VINGA"
Entre a delegação, o tom também foi de orgulho. Considerado o melhor jogador da Copa pela Fifa, Messi exaltou a união do elenco e agradeceu o apoio da torcida.
- Este grupo tão unido nos levou até a final. Agradeço a todos pelo apoio. Demos uma grande alegria ao país tendo chegado à final e jogando de igual para igual com o rival. Nos fizemos mais fortes do que nunca. Agora seguiremos trabalhando para dar mais alegrias ao país.
- disse o craque.
- disse o craque.
O técnico Alejandro Sabella, que ainda não tem sua continuidade no cargo confirmada, foi só elogios a seus comandados. Segundo ele, o reconhecimento ao grupo é merecido.
- Esta equipe merece o reconhecimento. Demos 100%. Espero que estejam satisfeitos. Este grupo deixou a pele em cada jogada - afirmou, ao diário Olé.
Sabella, inclusive, demonstrou bom humor. Em determinado momento, se viu ao lado de Lavezzi e resolveu brincar com o atacante, que durante o jogo contra a Nigéria jogou água no treinador após levar uma bronca. Ao lado de Kirchner, o técnico pegou uma garrafa e a ofereceu ao jogador, como se o desafiasse a repetir o ato.
Mascherano, um dos principais nomes da Argentina na Copa, também agradeceu o apoio dos torcedores, mas não escondeu a frustração com o vice.
- Gostaríamos de ter voltado de outra forma, nada mais. Mas obrigado a todos. Deixamos valores de como competir. Espero que tenhamos marcado um caminho e possamos seguir crescendo - disse o volante do Barcelona.
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