Torcida fez duelo musical com brasileiros nas areias da praia.
Maioria torce agora por uma final contra o Brasil.
O azul do céu e do mar se misturou com o azul de camisas e bandeiras argentinas quecoloriram a areia da Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, na tarde deste sábado (5). O mar de "hermanos" invadiu calçadão e ruas próximas à arena do Fifa Fan Fest, explodindo em alegria e muita cantoria. Principalmente depois de a seleção da Argentina garantir a classificação para a seminfinal da Copa do Mundo ao ganhar de 1 a 0 da Bélgica.
Como que abastecidos por energia solar, debaixo do sol forte e regado a muita cerveja, a torcida argentina cantou, dançou, tirou fotos e até curtiu com a cara de torcedores de outras seleções como a da Holanda e, principalmente do Brasil. Mas acima de tudo conquistou adesões e até corações.
O grupo de amigos de Alejandro Ortiz não queria saber de nada a não ser tentar sambar ou arriscar passos de forró na areia, ao som da música do tradicional bloco carnavalesco Empolga às 9.
"Estamos muito contente. Argentina está mostrando que é forte. E agora, mais do que nunca, sem Neymar (que fraturou uma vértebra da coluna e está fora da Copa), Messi vai brilhar. E nós vamos bailar", disse o argentino embalado a muita cerveja, que tentava fazer a dancinha da garrafa.
A família Alonso também estava satisfeita com o resultado. Os pais e cinco irmãos estavam espalhados pela Fan Fest celebrando a vitória. Os irmãos Mayra, Pilar e Lautaro, contaram que há quatro anos moram na cidade de Resende, no Sul Fluminense, e torcem por uma final entre Argentina e Brasil.
"Esta é a terceira vez que viemos ver jogos no Fan Fest e temos dado sorte. Vamos continuar vindo até levar a taça", disse Pilar.
A servidora pública Heloíza Britto veio de Brasília para passar o fim de semana no Fan Fest do Rio com as amigas Laís e Elisete. Usando uma camisa da seleção argentina, mas enrolada numa bandeira do Brasil, ela contou que já tinha feito um "intercâmbio" com os argentinos.
"Torci para a Argentina porque quero ver ela perder para o Brasil na final. Por estar usando a camisa deles, já fiz amizade com vários argentinos. Eles são muito divertidos", disse Heloíza, que estava numa área cercada de argentinos.
A carioca Maria Brito, moradora de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, fez questão de posar para várias fotos com grupos de argentinos.
"Eles pensam que estou do lado deles. Mas vim aqui só para 'secar'. Mesmo sem Neymar, vamos para a final e vamos acabar com eles. Deixa eles se divertirem agora porque no dia 13 eles vão chorar muito", previu Maria.
Se a festa parecia completa do lado de dentro da arena, do lado de fora não era muito diferente. Desta vez, os "hermanos" não fecharam o trânsito na Avenida Atlântica, como em outros jogos, mas debaixo de um bandeirão azul e branco, promoveram uma espécie de desafio com os torcedores brasileiros. De um lado eles cantavam que Maradona é melhor que Pelé, enquanto do outro lado da bandeira, brasileiros rebatiam a provocação.
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Tudo o observado de perto por dezenas de policiais militares, que cercavam o grupo para evitar acidentes na pista da avenida junto à orla. Mas diante de grupo tão grande, pelo menos uma faixa da via acabou ocupada por torcedores, até que decidiram, debaixo de sol forte, continuar a festa na areia da praia.
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