segunda-feira, 28 de julho de 2014

Igreja: Promoção humana e cooperação com outras confissões religiosas entre as prioridades dos bispos lusófonos


Dr/Missão Católica em Angola
Dr/Missão Católica em Angola

XI Encontro terminou este domingo, em Angola

Luanda, Angola, 28 jul 2014 (Ecclesia) - Os bispos dos países lusófonos afirmaram no comunicado final do XI Encontro, que terminou este domingo, em Angola, que a evangelização deve ter uma “ligação profunda com a promoção humana” e a necessidade de “cooperação com outras Igrejas Cristãs e outras Religiões”
 “Cuidar da evangelização na sua ligação profunda com a promoção humana”, e “atender às situações de pobrezas, dando resposta a partir do estudo das suas causas e soluções, em diálogo constante com a sociedade e o Estado” são determinações dos bispos lusófonos referidas no comunicado final enviado à Agência ECCLESIA.
Os representantes das Igrejas em países de língua oficial portuguesa consideram que é necessário “continuar a fazer uma análise rigorosa e competente sobre as situações concretas em que a Igreja está profeticamente presente, irradiando com mais eficácia a luz transformadora do Evangelho de Cristo”.
Os bispos querem “encorajar a presença e ação dos leigos nas várias áreas de intervenção na sociedade, nomeadamente nos campos social, económico e político” e propor a organização da sociedade a partir da “dignidade da pessoa humana, bem comum, subsidiariedade e solidariedade”, os quatro “grandes princípios da doutrina social da Igreja”.
Afirmando a “dimensão ética na economia e na gestão”, os representantes das igrejas lusófonas desejam “promover organismos profissionais que se inspirem na doutrina social da Igreja, como, por exemplo, a Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE, Portugal) e a Associação Católica de Gestores e Dirigentes (ACGD, Angola)”.
Entre as propostas do XI Encontro de XI Encontro de Bispos dos Países Lusófonos está também determinação em que a “busca de soluções nos vários campos de presença na sociedade seja feita em cooperação com outras Igrejas Cristãs e outras Religiões, daí a importância do diálogo ecuménico e inter-religioso em vista de iniciativas comuns”.
No documento enviado à Agência ECCLESIA, os bispos lusófonos afirmam que “estreitar a unidade, a comunhão e a colaboração pastoral entre as Igrejas lusófonas” foi um dos objetivos do Encontro, que decorreu entre o dia 21 e 27 de julho, em Luanda.
Representantes das Igrejas de 8 países de lusófonos analisaram o tema “O papel transformador do Evangelho na sociedade de hoje, à luz da Evangelii gaudium”, numa conferência aberta que decorreu na Universidade Católica de Angola, e debateram “a realidade, os desafios, as urgências e as soluções” que a Igreja enfrenta nesses países.
 “Continuar em estado permanente de missão”, desenvolver a “prática da caridade, como resposta social e caritativa da Igreja a todas as situações de carências e pobrezas” e promover uma “abertura da Igreja a todas as problemáticas da vida digna e plena para todos e em todas as fases da vida” são propostas dos bispos lusófonos.
No encontro, que terminou este domingo, os representantes dos episcopados dos países lusófonos afirmaram a necessidade da “defesa da paz e da justiça, da igualdade e da liberdade nos vários setores da vida da sociedade”.
O XII Encontro de Bispos dos Países Lusófonos vai decorrer em Aparecida, Brasil, de 23 a 28 de julho de 2016.
PR

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