sexta-feira, 11 de julho de 2014

O desmatamento e as queimadas estão contribuindo para o efeito estufa.

Gases de efeito estufa

Marcus Eduardo de Oliveira
O Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) é uma organização cientí­fica, não-governamental e sem ­ fins lucrativos que há 18 anos trabalha por um desenvolvimento sustentável da Amazônia que seja pautado pelo crescimento econômico, pela justiça social e pela proteção da integridade funcional dos ecossistemas da região.

Dentre muitas relevantes informações acerca do meio ambiente e da relação homem x natureza, o IPAM lançou, em seu site (www.ipam.org.br), uma série de perguntas com respostas acerca da temática crise ecológica. Trata-se de uma profícua oportunidade para um contato maior com temas relevantes sobre a crise ecológica em curso.

Uma dessas oportunas perguntas é sobre as principais fontes de gases de efeito estufa de correntes das atividades humanas. Vejamos, a seguir, quais são as principais fontes desses gases, de acordo com dados disponibilizados pelo referido Instituto de Pesquisa.
Várias fontes antropogênicas contribuem para as emissões de gases de efeito estufa. As duas fontes principais são a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento de regiões tropicais como a Amazônia. A queima de combustíveis fósseis (gás natural, carvão mineral e, especialmente, petróleo) ocorre principalmente pelo setor de produção de energia (termelétricas), industrial e de transporte (automóveis, ônibus, aviões, etc.).

Além disso, os reservatórios naturais de carbono e os sumidouros (ecossistemas com a capacidade de absorver CO2) também estão sendo afetados por ações antrópicas. No caso das florestas, as quais representam um importante estoque natural de carbono, o desmatamento e as queimadas estão contribuindo para o efeito estufa, uma vez que liberam o carbono armazenado na biomassa florestal para a atmosfera na forma de CO2.

A concentração de CO2 na atmosfera começou a aumentar no final do século XVIII, quando se iniciou a revolução industrial, a qual demandou a utilização de grandes quantidades de carvão mineral e petróleo como fontes de energia.

Desde então, a concentração atmosférica de CO2 passou de 280 p.p.m (partes por milhão) no ano de 1750(1) para 389,6 p.p.m em 2010, (2) representando um incremento de aproximadamente 39% (veja o gráfico). Este acréscimo na concentração de CO2 implica no aumento da capacidade da atmosfera em reter calor e, consequentemente, no aumento da temperatura do planeta.

As emissões de CO2 continuam a crescer e sua concentração na atmosfera até 2100 pode alcançar valores de 540 a 970 p.p.m, isto é, 90 a 250% acima do nível de 1750. (3) A concentração de CO2 deve ser mantida abaixo de 400 p.p.m para que o aumento da temperatura global não ultrapasse os 2ºC(1, 5) (em relação aos níveis do período pré-industrial) evitando, assim, uma interferência perigosa no clima.

Esta previsão de 540 a 970 p.p.m representa um cenário futuro muito preocupante para todos os seres vivos que habitam o planeta. Entre as fontes de outros gases de efeito estufa podemos citar os fertilizantes utilizados na agricultura que liberam óxido nitroso (N2O), a produção e transporte de gás e petróleo, arrozais e os processos digestivos de ruminantes que emitem metano (CH4) e os condicionadores de ar e refrigeradores que emitem os clorofluorcarbonos (CFCs).

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