Pe. Neuhaus: “Nós vivemos um momento muito dramático na Terra Santa. É verdade que o ciclo de violência não cessa e existem momentos realmente dramáticos. Nos precipitamos em uma guerra na qual o Hamas responde, e Israel responde e todos se sentem vítimas desta situação. É uma linguagem violenta, terrível e nós na Comissão de Justiça e Paz pensamos em dizer juntos “basta”. O recurso a esta linguagem mostra uma liderança muito irresponsável, não tem responsabilidade no que diz respeito ao bem do povo e ao bem dos jovens. Aqui sublinhamos com convicção a linguagem do Santo Padre, quando aqui veio e depois no Vaticano, convidou os Presidentes de Israel e Palestina no Vaticano, para formular um outro tipo de linguagem, porque tudo começa com as palavras. Deus criou o mundo com as palavras e nós criamos o nosso mundo com a nossa linguagem violenta. Portanto, chegou o tempo – como diz a declaração – de encontrar outros líderes que possam ter uma visão profética de um mundo melhor daquele que vivemos agora”.
RV: O senhor fala de uma linguagem em certo sentido político, porém são interpelados também os líderes religiosos em relação a esta linguagem...
Pe. Neuhaus: “Absolutamente sim, porque eles devem ser os modelos de uma linguagem que não conhece a palavra “inimigo”. O chefes religiosos devem criar esta linguagem que nos torna sempre mais conscientes -, como disse algumas vezes o Papa na Terra Santa e com muita força aqui no Vaticano -, de que somos chamados a ser irmãos porque somos todos filhos de Deus”. (JE)
Nenhum comentário:
Postar um comentário