Recordando que atualmente no mundo existem mais de 50 milhões de pessoas em fuga de suas casas – a cifra mais alta desde a Segunda Guerra Mundial –, o prelado insistiu na necessidade de tutelar “o respeito dos direitos e da dignidade humana”, porque “a proteção das pessoas deveria ter a precedência sobre as excessivas preocupações quanto à segurança de um Estado”.
Por isso, Dom Tomasi pediu que não se pense no acolhimento como a algo da “esfera privada”, mas que seja parte do mundo político, para fazer a diferença em nível nacional e global.
O tema dos refugiados, prosseguiu o Observador permanente, deve ser enfrentado com “políticas de fronteira mais flexíveis e procedimentos de acesso ao direito de asilo mais fáceis”.
Em especial, na Europa, é “essencial uma estratégia comum, para que os países que são porta de entrada dos refugiados não sejam abandonados e se trabalhe por um acordo para distribuir os refugiados entre as várias nações, levando em consideração a situação econômica e a densidade demográfica de cada país”.
Dom Tomasi pediu ainda que se trabalhe na educação e na sensibilização da opinião pública quanto à responsabilidade comum diante das causas dos conflitos e da busca de soluções pacíficas.
Quanto aos cristãos, afirmou o Observador, têm a responsabilidade de compartilhar uma mensagem de compaixão e solidariedade, contribuindo para que as migrações forçadas sejam vistas numa perspectiva mais ampla”, na ótica do “respeito da vida e da dignidade humana”.
(BF)
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