Foram constatadas condições insalubres em posto na Serra.
Defensoria Pública pode pedir o fechamento do local.
A unidade de saúde de Carapina Grande, na Serra, está funcionando dentro de uma igreja evangélica do bairro há quase um ano. Como o prédio da unidade está em obras, a prefeitura deslocou o posto de saúde para o pátio da igreja.
Sem condições adequadas para ser um local de atendimento médico, a unidade improvisada foi alvo de vistoria da Defensoria Pública do Estado, em parceria com o Sindicato dos Médicos doEspírito Santo (Simes), nesta terça-feira (15). No local, os defensores encontraram irregularidades e condições insalubres e podem pedir o fechamento da unidade.
As atividades religiosas da igreja funcionam no segundo andar do prédio. No pátio, localizado no primeiro andar, há algumas salas que são utilizadas como consultório médico e laboratório de exames.
Na vistoria, três defensores públicos encontraram material coletado, como sangue, em locais inadequados, sem a conservação necessária. Além disso, há mofo em diversos cômodos, lixo jogado no chão, fios expostos, riscos de incêndio, paredes rachadas e pacientes esperando pela consulta em um corredor que fica ao ar livre.
Segundo o defensor público Luiz César Costa, que faz parte do Núcleo de Atendimento Integral à Saúde, o fechamento do local pode ser solicitado. “Isso aqui não pode nem ser considerado uma unidade de saúde. Não vejo outra opção, só o fechamento”, explicou.
O presidente do Simes, o médico Otto Baptista, diz que essa já foi a terceira inspeção no local. Agora, com o auxílio da Defensoria Pública, o sindicato espera que medidas sejam tomadas. “A falta de higiene é total. Até um corpo já foi velado no local, em meio aos atendimentos“, disse.
Moradora do bairro, Maria Aparecida de Aguiar precisa buscar atendimento no local. “A gente chega aqui às 7h para ser atendido às 11h. Se for pra beber água, tem que trazer copo de casa. Banheiro, nem se fala. E, quando vai ser consultado, tem de esperar na chuva“, diz.
Moradora do bairro, Maria Aparecida de Aguiar precisa buscar atendimento no local. “A gente chega aqui às 7h para ser atendido às 11h. Se for pra beber água, tem que trazer copo de casa. Banheiro, nem se fala. E, quando vai ser consultado, tem de esperar na chuva“, diz.
A Maternidade de Carapina também foi vistoriada. No local, foram constatados problemas organizacionais, como a falta de médicos, superlotação, falta de vagas e escalas inadequadas. A prefeitura será notificada pela Defensoria Pública para tomar as medidas cabíveis.
* Com colaboração de Leandro Nossa, da CBN Vitória.
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